Bianchi Ocelot MTB Fixa (pinhão Surly Dingle 21x17 e a altura do mov.central é 29cm)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Custo da Diversão de Frear com Skids

Ressalte-se que o custo calculado foi com base nas declarações de um fixeiro  que pertence ao Fixasampa. Entretanto, esse custo pode variar de ciclista para ciclista, pois o consumo de pneus dando SKIDS depende de alguns fatores: relação utilizada (numero de dentes do pinhão e da coroa – Skid Spots), quantidade de skids, distância do skid, estado e tipo de piso (asfalto, concreto, aspereza etc.) onde costuma rodar com a bike, etc. Ou seja, esse custo precisa ser individualizado, pois cada ciclista é diferente do outro, assim como as bikes, relação utilizada e respectivos pneus, e as condições do chão onde se pedala etc.

Consequentemente, o objetivo do post é provocar uma reflexão sobre se vale à pena usar skids para brecar a fixa. No fórum do Pedal – tópico Single Speed (Filosofia), alguém comentou que: “skids são “overated”; por outro lado alguns fixeiros pensam: “se não é para dar skids com a fixa, para que ter uma bike fixa?”. Sou da opinião que fixa é muito mais do que dar skids, mas isso é simplesmente a minha opinião.

Dar skids vai de mãos dadas com outra discussão que ocorre entre os fixeiros e não fixeiros que é colocar freios na fixa !!! Freio na fixa estraga aquele visual “clean” e despojado, que nos remete àquelas bikes de pista clássicas (quadro de cromoly) da Itália e Japão. Hoje só sobraram as japonesas, porque a NJS não muda as regras para as corridas Keirin (pista). Que dúvida? Dou mais peso para a segurança (freio) e ando com uma fixa com visual sofrível ou priorizo a estética e tomo mais risco ao pedalar na fixa?

A minha escolha foi de estética prejudicada, e um pouco mais de tranqüilidade ao pedalar a fixa nesta cidade (São Paulo) de trânsito meio caótico e cheia de obstáculos (lombadas, buracos, desníveis na pista, grelhas de esgoto etc.).

Vamos ao cálculo estimativo do custo da diversão de dar skids com a fixa. Ressalte-se que esse custo também é muito influenciado pelos "skid patches" - que a grosso modo significa quantos pontos do pneu são afetados pela frenagem por "skids", quanto mais pontos melhor - pois há mais dispersão. Abaixo tem uma tabela dos "skid patches" em função do numero de dentes da coroa e do pinhão.




Esse fixeiro diz na lista do Fixasampa que depois que retirou o freio, ele estava gastando um Kenda a cada três semanas. Ele passou a usar o pneu Vittoria Randonneur, que segundo ele dura mais que o Kenda, mas não diz quanto mais. Ou seja, de quantas em quantas semanas ele tem que trocar o Vittoria?

Baseados nessas informações limitadas efetuamos uma estimativa do custo da brincadeira:
“Um Kenda (West – 700 x 28)  a cada 3 semanas, isso dá aproximadamente 17 Kendas/ano (52 semanas por 3) ou seja R$ 595,00 (17 x R$ 35,00). Mesmo usando Vittoria Randonneur, a conta também não é muito barata. Assumindo (para fins de cálculo estimativo) que o Vittoria dure o dobro. Esse pneu custa US$ 50,00 (cada, já incluso o frete), que resulta em R$ 80,00 (US$50 x 1,60). Durando o dobro, ele vai gastar uns 8 Vittoria por ano, o que dá R$ 640,00. Durando o triplo do Kenda, seriam (17/3 =) 5,66 Vittorias por ano ou R$ 453,00, mesmo assim não é barato”.

Entretanto, esse não é o total do gasto com SKIDS, pois os skids forçam os demais componentes da transmissão assim como o quadro. Deveriam também ser considerados os gastos com as evetuais trocas de peças devido aos skids.

A respeito do impacto dos skids no quadro, Koichi Yamaguchi, o conceituado framebuilder que fez os quadros para a equipe de ciclismo Olímpica dos USA nos anos 90 e que também construiu quadros Keirin no Japão diz: “O quadro Messenger (Obs.: quadro para fixa urbana) precisa ser mais resistente que um quadro para competição de pista. O quadro de Pista para competição não é construído para dar contra-pedal (brecar a bike com um skid) , pois isso resulta em “stress” nos tubos da corrente (chainstays), nos tubos de suporte do tubo do selim (seatstays) e nas gancheiras traseiras.”

Resumindo, as opções são: dar mais skids e tomar menos “brejas” + tomar mais riscos ou o contrário: poucos skids + mais “brejas” + upgrades na fixa e menos riscos.

By MarchaFixa

P.S.: Excesso de “brejas” e fixa sem freio não é uma combinação salutar num rolê. Vejam esse exemplo aqui.

INSPIRAÇÃO: AS COLETÂNEAS DE FOTOS DE FIXAS

Na postagem  ”Por Que Ter Uma Bike Fixa? Sete ou Mais Motivos para Pedalar Uma Fixa comentamos que uma das razões das pessoas terem uma fixa é que elas são uma maneira do ciclista urbano expressar sua individualidade e criatividade.

As fotos que aparecem nesses vídeos do YouTube fornecem uma ampla amostra do que os fixeiros das mais diversas nacionalidades fizeram com suas bikes fixas. Ou seja, revelam das mais diversas maneiras sua personalidade.

A amostra vai da clássica bike de pista às de pista modernas (rodas de carbono – HED, Airspoke etc.), convertidas de estrada ou MTB e as espalhafatosas “bike porn”, e que muitas são de mau-gosto, entretanto cada um tem o direito de andar na bike que quiser. Vejam os links abaixo.











Além disso, existem os sites: Fixed Gear Gallery, Velospace.Org e http://www.boutiquecycles.com/, onde tem uma excelente coletânea de fotos de fixas urbanas.

Como mencionamos na postagem Como Montar Uma Fixa do Zero” existe também o site http://www.fixiestudio.com/ onde você pode simular a aparência de se projeto de bike fixa. Ele fornece opções de: cor, altura do canote, tipo de selim, tipo de guidao (pista, bullhorn ou riser de MTB) etc. Além disso, existe um outro site que só foca nas cores de sua fixa, assim você pode ver como ela ficaria com os componentes pintados de diversas cores, o link está aqui, e o site denomina-se: http://www.wearethemagnificent.com/

By MarchaFixa

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cubos de Disco para Fixa: Fabricantes de Pinhões Parafusados

Pesquisando sobre cubos para fixa, descobrimos que na Itália também tem um fabricante (FixKin) de pinhões para serem parafusados no cubo de disco, mas eles são mais caros que os da Velosolo (UK).

A foto do produto está abaixo, e eles são fabricados nos tamanhos de 16 dentes até 26 dentes.

Pinhao Parafusado Fixkin (Italiano)

Resumindo existem até agora 3 paises que fabricam esses pinhões - USA, UK e Itália ( que eu sei), e tem um quarto país – Brasil. O Silas está fabricando pinhões em aço inox (isso é o que eu vi na internet).

Nos Estados Unidos existe um fabricantes: a TomiCogs, eles são fabricados com 16 a 20 dentes e servem tanto em corrente fina como grossa. No site ele recomenda a corrente SRAM PC-58, mas agora com a mudança da numeração dos modelos pela SRAM, esse modelo passou a ter o código PC-870, que é uma corrente 3/32’ (fina).
O link e a foto do produto estão abaixo.

Pinhão Parafusado TomiCogs (USA)


Recentemente a Phil Wood (USA), um dos mais conceituados fabricantes de cubos do mundo, anunciou que está produzindo os primeiros cubos de fixa especificos para pinhão parafusados. Ou seja, o cubo com pinhão parafusado agora tem um endosso de um dos fabricantes que tem uma enorme reputação pela qualidasde e acabamento de seus produtos. Isso foi objeto de um post no blog: "Pinhão Parafusado é Gambiarra: Não É, segundo a Phil Wood".  Além disso, a FixKin (Itália) também fabrica um cubo especifico para pinhao parafusado, denominado IS6.


Na Inglaterra tem a VeloSolo Bikes, onde muitos brasileiros compram os seus pinhões para parafusar no cubo de disco e eles oferecem garantia vitalícia para o comprador original. Eles são oferecidos nas espessuras de 1/8’ (corrente grossa) ou 3/32’ (corrente fina ou grossa), em aço cromoly ou alumínio.
O link está abaixo:

Pinhão Parafusado VeloSolo (UK)


Obviamente, existe ainda alternativa de furar um pinhão de cargueira de encaixe, usando como gabarito um rotor de freio a disco. Vide o post “Como Transformar Cubo de Disco em Cubo de Fixa”, onde é explicado esse processo.

Coincidentemente, todos os fabricantes estão em paises do primeiro mundo, onde existe uma abundância de cubos de pista tradicionais (*) (novos e usados) a preços bem convidativos, e mesmo assim tem gente que oferece pinhões para serem parafusados em cubos de disco, e esse processo de conversão demanda certo trabalho, pois em geral não existe cubo de disco pronto para serem montados com os pinhões (**).Muito estranho!!! Isso dá o que pensar!!!

O que difere no Brasil em relação aos outros paises: é que aqui o custo do cubo de pista é muito mais alto que no exterior – Formulas ou Roberto´s são vendidos por US$ 120 a US$ 150 – o par; enquanto que no exterior o preço de um Fórmula ou similar pode custar metade disso. Por outro lado, o custo da montagem (enraiamento) de uma roda é muito mais alto no exterior do que no Brasil, umas três vezes mais caro, pois a mão-de-obra nos paises desenvolvidos é muito mais custosa que aqui. Ou seja, cada vez que o cubo tradicional espana, isso custa para um fixeiro no exterior ao redor de US$ 70.00 ou mais (cubo novo + outro enraiamento). Então, a alternativa do cubo de disco com pinhão parafusado começa a fazer sentido, pois seu custo é mais baixo do que um cubo de pista tradicional, dado que a possibilidade de ele espanar é muito remota.

(*) Cubos que usam pinhão rosqueado e contra-porca com rosca reversa (“lockring”).
(**) A VelosoloBikes vende cubos de disco da Shimano convertidos prontos para serem enraiados (isto é: eixo sólido, porcas e espaçadores já montados). A FixKin (Italia) e Phil Wood já fabricam cubos especificos para pinhao parafusado.

By MarchaFixa