Bianchi Ocelot MTB Fixa (pinhão Surly Dingle 21x17 e a altura do mov.central é 29cm)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Como Fazer Um Firma-Pé Caseiro - Estilo Power Grips


A Power Grips inventou esse tipo de firma-pé que não tem uma estrutura  metálica ou de plástico para deixar as correias na posição.

Depois disso surgiram muitas imitações e DIY (Do It Yourself – Faça Você Mesmo), apartir dos mais diversos materiais. O original é feito de tiras de nylon, mas as soluções /cópias caseiras são em couro, reciclagem de cinto de couro, fita tubular de alpinismo (com armação (tira) interna feita de garrafa PET) etc. Um firma-pé similar ao Power Grips é o BiciBand da Molletta Designs cujo link para o site está aqui.

Além disso, existem outros tipos de firmas-pé feitos de tiras de nylon que são presas entre si por VELCRO, e que também não tem a estrutura metálica ou plástica tradicional.

Firma-Pé Tradicional com a Correia

Power Grips Tradicional
BiceBand - Firma-Pé



Power Grip Caseiro - Cinto Velho foi Reciclado

Correia/Straps com Velcro

Sequência de Power Straps com Velcro
Power Grip Caseiro com Velcro 1

Power Grip Caseiro com Velcro2

Power Grip Caseiro com Velcro 3 - Aberto (regulável)

A vantagem desse tipo de firma-pé é que podem ser usados com praticamente qualquer tipo de calçado.

Você usa duas tiras de couro montadas inclinadas para o pedal. As fotos acima são mais explicativas.

Você insere o pé ligeiramente inclinado para o pedal e depois gira para deixá-lo na posição correta, isto é paralelo ao pedivela.  Ao fazê-lo, a correia, que é grande o suficiente em posição relaxada vai apertar quando se fica na posição para pedalar, deixando o pé bem firme no pedal. Para sair basta fazer o oposto e o pé deslizará para fora.

Ressalto que numa bike fixa é importante ter os pés bem presos nos pedais, para não perder o controle dos mesmos. Isso é crucial quando não se está usando freios. Vide o post "As Sete Regras das Fixas, mas Bike Fixa tem Regras???"

By MarchaFixa

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vinte Minutos para Montar uma Fixa !!!

Esse foi o tempo que o mecânico da Tre3e levou para montar uma fixa (quadro Swallow da Tre3e) com os componentes abaixo.

Anatomia da Bike Fixa

Quadro e Componentes - Prontos para Montagem Final

Entretanto é preciso dar alguns descontos, ou seja, adicionar um pouco mais de tempo. Considerando que, conforme pode ser visto nas fotos, as rodas já estavam enraiadas e com os pneus montados e a espiga do garfo já estava cortada e com a “aranha” instalada. E foi usada uma caixa de direção aheadset que é mais simples para ajustar que uma tradicional de rosca. Além disso, essa fixa está sem freios, menos um componente para ajustar. Mesmo assim, foi rápido.

Oficina e Uma dos Fotógrafos


Ressalte-se que enraiar roda de fixa é mais simples que montar roda de speed ou MTB, pois a traseira não tem “chapéu chinês”.

A ferramenta mais cara para montar uma fixa é a prensa (mas que pode ser feita por um torneiro) para instalar os copos da caixa de direção. O resto são ferramentas simples e preços razoáveis: chave para emendar/quebrar correntes, chaves allen (5mm, 6mm 8mm), ferramenta para instalar movimento central (varia conforme o fabricante do MC), chave 15mm para colocar os pedais, ferramenta para apertar/desrosquear pinhão/lockring (imprescindível, caso você use um cubo de fixa tradicional – duas roscas). 

Prensa para Caixa de Direçao

Ferramenta Multipla

Ferramenta para Movimento Central - Tipo Shimano


Multi-Ferramenta para Bike Fixa (pinhao, lockring, porcas dos cubos e pedal)

As ferramentas mostradas nas fotos acima são meramente ilustrativas e não se constituem em uma recomendação e especificamente não foram utilizadas na montagem da fixa, mas poderiam. Foram utilizadas ferramentas similares. Abaixo temos a bike fixa montada.


Bike Fixa Finalizada


Bike Fixa Pronta

Agora é sair pedalando. Em breve no blog da Tre3e haverá as fotos /video do ensaio completo da montagem dessa fixa.


By MarchaFixa

P.S.: Existe este video onde é mostrada a montagem de uma fixa nova:  http://vimeo.com/25011307

Outro Video interessante é:  http://vimeo.com/7873373




terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bike Check: Carlera – O Estilo Xing Ling Pistês de Coritibúúú

Esses caras adoram "zoar" / criticar, fazer troça das fixas de paulistas e de outros no blog deles. Você precisa fazer uma avaliação das "pisteiras" de "coritibúúú", da maneira que eles avaliam as nossas. Após muitos pedidos, concordei em avaliar essa "pisteira" (que de pisteira não tem nada - é uma piada de mau-gosto de um pretensioso) que é um dos “intendidus de coritibúúú”.

Subjetividade por subjetividade todo mundo tem direito a sua. Procuramos examinar se a bike tem realmente aquilo que é propagandeado pelo seu dono: A bike é uma “true and pure” pisteira?  Será mesmo???.

Chamar isso de pisteira é chamar “urubu” de “meu louro” ou confundir vinho frizante com champagne (a “true and pure”). 

Infelizmente, o dono dela não sabe o que é uma bike pisteira !!! Favor reler atentamente o post: "Os "intendidus de coritibúúú" e as Bike Fixa / "Fake Pista" e "Pure" Pista".

E essa cor??? É estilo “urubu – city bike” ou “morcego” ??? Não, é a “Batrack-fake” do Robin.

Pisteira??? KKKKKK - "Xing Ling Pistês"

DETALHES:
Quadro Vicini X2 Pista 2008;
Garfo Visp 2011;
Selim Brooks Swift;
Aros Eighthinch Julian / Vzan;
Pneus Continental Super Sport;
Bullhorn Profile Air Wing 40;
Cubo Formula Pista;
Pedivela Lasco Track;
Pinhao pista Dura Ace;
Clip Shimano PD A515;
Relação 46 x 15 brakeless.

Esse quadro “ViChinês” com furação para freio traseiro e dianteiro, só é pisteiro em “coritibúúú”, e ainda o garfo tem “rake” de 45mm (que não é de pista, mas sim de estrada – Pisteira??? KKKKKKKKKKKK).Esse garfo VISP fica filé numa fixa convertida de MTB de supermercado. Vejam abaixo a foto do irmãozinho gêmeo chinês:

ViChinês ("True and Pure Pista"??? KKKKKK)

O fato de um quadro ter geometria de pista, não o torna um “true and pure” pista, mas apenas réplica (as vêzes mal feita) de um verdadeiro.

Esse quadro falta elegância para andar nas ruas com esses tubos oversize que parecem uma cópia mal adaptada de um quadro de alumínio de MTB.

Quadros de alumínio – ditos de pista, no máximo servem para treino. O verdadeiro quadro de pista para competições no âmbito da UCI é feito de carbono (melhor performance que alumínio). E no âmbito da NJS (Japão) são feitos de cromoly e certificados pela NJS. O resto é quadro de city bike fixa com geometria de pista.

A revista Ciclismo da Itália deu o prêmio para a bike Cinelli Gazzetta da Melhor City Bike de 2011.

Achei melhor traduzir, pois nunca se sabe com esses manés de “coritibúúú”: A Gazzetta é uma bicicleta de cromoly com a clássica geometria de pista (Nota: rake do garfo 35mm) projetada para uso nas ruas”.

Maiores informações sobre a premiação da Cinelli Gazzetta aqui, neste link:

O link para a página da Cinelli Gazzetta é este:

Ressalto que não estou fazendo a infâmia de comparar um Cinelli com um ViChinês, só estou explicando o conceito para os “intendidus de coritibúúú”, que não sabem distinguir entre uma “true and pure” pista de uma city bike fixa ou fixa urbana.

Resumindo: É um quadro para uma city bike fixa praieira (mas pintado de branco), quando você não tem alternativa. Alumínio resiste mais à maresia.

Esse pedivela Lasco – 130 BCD (padrão de estrada, mas em “coritibúúú” é considerado de pista), têm nome apropriado, é de lascar. Outro componente “Xing Ling”, sem eira nem beira, mas par perfeito para um quadro “Xing Ling Pistês”. É melhor usar o tradicional Sugino BMX, pelo menos esse é tradicional, tem estirpe, pedigree.

O pedal clip Shimano (PD A515) é bem ruinzinho, super-básico, mas compatível com o resto da city bike fixa. O melhor seria um Ritchey – dupla face (SPD), mais esguio.

Essa roda Julian (fabricada em Xing Ling City) é a típica de city bikes fixas, com cubo Fórmula - flip/flop, que nunca foi de pista, ou seja, “fake pista”.

Esses pneus clincher Continental não duram nada com skids. Paulistas que dão skids a torto e a direito usam Vittoria Randonneur. Só lembrando, “true and pure” pista usa pneu tubular, clincher é coisa de city bike fixa.

Pra quem dá skids, essa relação 46x15 deixa a desejar, somente 15 spots!!! A relação equivalente seria 52x17, e ai seriam 17 skid spots!!! Bem melhor!!!

Perdido no meio desses componentes “Xing Ling” está um único componente “true and pure” de pista: o pinhão Dura Ace.

Usar um selim Brooks Swift nessa city bike fixa mal ajambrada, é o mesmo que por cereja em bolo de bosta.

FAIL. Começa de novo.

By MarchaFixa

P.S.: Para não dizerem que só critico as "pisteiras" fajutas de "coritibúúú", vejam este post sobre a fixa Viking do Martens, que é de Curitiba; mas não faz parte da turma dos "intendidus".

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Os “intendidus de coritibúúú” e as Bikes Fixa / “Fake Pista” E “Pure” Pista

Recentemente lí algumas pérolas dos “intendidus de coritibúúú” sobre bikes fixas, cujas fotos foram mostradas em outros blog, que eles fizeram um re-blog. Abaixo uma pequena amostra: “Essa fixa não tem peças de pista..... Ela tem firma-pé (heresia).....É um quadro de MTB adaptado......etc. etc.”

Na verdade uma MTB convertida com rodas 700c (como essa Bianchi Ocelot que está na foto) oferece tudo de bom para pedalar nas ruas: movimento central alto, robustez, boa distancia entre-eixos que resulta em uma pedalada confortável, e não tem “overlap” de pedal com a roda. Ressalte-se que MTB cachimbada é raridade, e com garfo de speed e rodas 700c fica mais difícil reconhecer, e para muitos precisei dizer que era um quadro de MTB modificado.

Olhando as descrições de quadros de pista (ou será de fixa???) de um fabricante que tem link no blog dos “intendidus”14 Bikeco -  Spirit Keirin frame (Obs.: esse quadro é fabricado com tubos da Columbus denominados Spirit Keirin) encontramos o seguinte: “Relaxed geometry, with a raised bottom bracket... The geometry is not as aggressive as a velodrome frame so feels nice and stable for long rides.” (Tradução: Geometria descontraída, com um movimento central alto... A geometria não é tão agressiva quanto um quadro para velódromo, ele é confortavel e estável para longos passeios.”). Ou seja, isso não é quadro de pista, e de geometria keirin ele não tem nada. O que esse link está fazendo aí no blog dos “intendidus” que tem horror de qualquer coisa que não seja “true” ou “pure” pista???


Componentes de pista, se usados nas ruas configura-se numa enorme gambiarra, pois alguns itens não têm vedação adequada para isso e não foram feitos para agüentar o tranco dos skids. Carecem de vedação: os cubos, a caixa de direção e o movimento central, ou seja, tudo que tem esferas. Algum “intendidus” vai questionar: “Como não tem vedação componentes fabricados pela Campagnolo ou Shimano???” Não tem, por que a vedação aumenta a fricção, ou seja, reduz a performance e como os velódromos top são cobertos e a pista é imaculadamente limpa, não é necessário. Um exemplo concreto disso é: o pedivela Campagnolo Record Pista, quando usado nas ruas por fixeiros sensatos, é instalado em um movimento central modelo Centaur de estrada (que tem ótima vedação) cujo eixo é igual ao MC Record Pista – 111mm simétricos. Para quem não conhece, a foto está abaixo. É claro que utilizar um MC de estrada em bike fixa é uma “gambiarra” indesculpável, para alguns.

Mov. Central Campagnolo Centaur
Outro exemplo: A Tange fabrica uma caixa de direção certificada pela NJS, que é uma cópia do modelo Super Record da Campagnolo. Essa caixa de direção não tem vedação, ou seja, aqueles aros plásticos que reduzem as frestas para impedir a entrada de detritos. Porém, outro modelo, o Tange Levin CDS tem todas as vedações necessárias. Vejam as fotos abaixo e comparem.

Fotos dos Tange

Caixa de Direção Tange com Vedações (10 itens)
Caixa de Direção Tange NJS
Caixa de Direção Tange NJS sem Vedação (8 itens)
No post “As Diversas Opções de Cubos Traseiros para Montar uma Bike Fixa” já mostramos um exemplo de cubo de pista Dura Ace (HB-7600) incluindo foto das vedações, as quais não vêm instaladas de fábrica, mas estão à parte.

No Japão, a NJS só certifica cubos de pista (Keirin) com 36 furos e nenhum dos certificados tem a rosca para roda-livre e todos tem comprimento de eixo de 164mm (para espaçamento entre gancheiras de 120mm). O cubo Record Pista da Campagnolo só tem a rosca para pinhão/lockring em um dos lados e o mesmo ocorre com as rodas de pista da Mavic, Campagnolo e Zipp etc. utilizadas no âmbito da UCI etc. O verdadeiro cubo de pista – são os usados em competições sejam Olímpicas, da UCI ou NJS, e não tem rosca para roda-livre e todos tem comprimento de eixo de 164mm. Ou seja, todos os outros que tem rosca para roda-livre ou eixos maiores do que 164mm são cubos de fixa ou “fake pista”.

Ressalte-se que o fato de um cubo ser destinado às fixas, não quer dizer que seja de baixa qualidade, muito pelo contrário, como por exemplo: cubo Ecentrico Eno, cubo Phil Wood ISO (pinhao parafusado), cubo Paul Components, cubo Halo Fix-G, cubo Deore XT para Disco (gambitech) etc., eles simplesmente não são utilizados em competições de pista top, mas nada impede de você, como ciclista amador, se divertir no velódromo com eles (por ex: Caieiras). E o mesmo pode ser dito de muitos outros componentes destinados às fixas urbanas.

Obviamente, que os “intendidus” vão argumentar que o “beltraninho” e o “ciclaninho” usam cubos Fórmula (flip/flop) ou similares em competições de pista. É verdade, muitos usam. Entretanto, isso não transforma cubos de fixa ou “fake pista” em verdadeiros cubos de pista. Eles são ciclistas amadores, cujo patrocínio depende do próprio bolso. Outra realidade, outro contexto, obviamente, muito diferente das equipes profissionais de ciclismo, que muitas vezes contam com o suporte financeiro dos grandes fabricantes de componentes. Aliás, as equipes importantes de ciclismo de pista (no âmbito da UCI e etc.) só usam rodas de carbono especificas para pista com pneus tubulares.

Nada mais emblemático da diferença entre componentes de pista (verdadeiros, ou como dizem os “intendidus”: “true” and “pure”) e de fixa ou “fake pista” que os pedivelas fabricados pela Sugino. Ela produz desde os mais simples para BMX até os destinados às corridas Keirin, certificados pela NJS. Esses de BMX são muito populares no Brasil nas conversões para fixa, dada à ótima relação custo x diversão. Eles têm uma furação de 110mmBCD (padrão BMX e MTB antigo) e vem com uma coroa simples de aço de 44 dentes. Ressalte-se que esse pedivela para BMX não consta da lista de produtos da Sugino !!! Vide o link a seguir:

O próximo da linha da Sugino é o modelo XD, igual ao de BMX, mas ele é feito em alumínio forjado e a coroa é de alumínio (espessura de 3/32”) e comumente vem com 46 dentes.

O modelo RD2 da Sugino, também conhecido como Messenger, e que muitas vezes vem como componente de bike fixa prontas, tais como: Specialized Langster. Esse pedivela tem 130mm BCD e existe uma enorme variedade de cores e varias opções de coroas.

Os modelos top da Sugino destinados a competições em velódromo são certificados pela NJS, e tem a furação padrão de pista: 144mm BCD. E pasmem – usam movimento central no padrão ISO (o mesmo da Campagnolo), entretanto todos os outros pedivelas fabricados pela Sugino usam movimento central JIS (padrão Japonês / Shimano / Sakae / Suntour)!!!

O modelo NJS mais popular é o Sugino 75, cujas linhas lembram o modelo Dura Ace da série FC-7400 destinado a bikes de estrada. O outro modelo para pista é denominado Grand Mighty (NJS), e é uns 35% mais caro que o Sugino 75.

Atualmente existem ao redor de 4 pedivelas de pista TOP (True and Pure) e todos com furação 144mm BCD: Campagnolo Record, Shimano Dura Ace, Sugino 75 e o Grand Mighty; e como aspirantes o SRAM Omnium e o FSA Carbon Track. O resto é pedivela de fixa ou “fake pista”.

Baseado no que os “intendidus de coritibúúú” julgam correto em termos de fixa, isto é ter peças “true” and “pure” de pista, então 99,9999% das fixas que rodam no Brasil são um lixo !!!  Afinal para estar nos conformes, para ser aprovado pelos “intendidus”, o candidato a fixeiro teria de desembolsar somente no pedivela entre US$ 350.00 a US$ 500.00 (braços+coroa), sem contar no imposto de importação de 60% sobre o valor do item!!! E, isso para pedalar nas trilhas que a prefeitura chama de ruas!!!

Pedivelas: Pista e “Fake Pista”
 Todos os pedivelas na foto acima são de qualidade muito superior à média, mas será que dá para identificar o “fake” pista ou os “fake” pistas? Qualquer um deles usado para pedalar nas trilhas que a prefeitura chama de ruas, não faz a menor diferença, que justifique a disparidade de preço entre eles. No velódromo, nas competições, faz diferença, devido à maior rigidez dos pedivelas de pista, pois assim a maior parte da energia é canalizada para a pedalada.

Outro item que é considerado uma HERESIA (por alguns, mas é a quintessência da fixa urbana) é o pinhão de fixa Dingle fabricado pela Surly. Essa “gambiarra” (Aargh!) na qual foram colocados numa única rosca DOIS pinhões de pista (a Bianchi MTB acima usa esse pinhão), acaba com qualquer pretensão de ser uma “fake” pisteira (Obs.: Não existem palavras para descrever tal bike/”gambiarra” /blasfêmia!!!). Onde já se viu usar corrente fina de 9 velocidades em “pisteira” (Oops! bike fixa urbana), e ainda ter duas coroas no pedivela!!! Blasfêmia! Blasfêmia! Queimem o herege!!! Sugiro que os “intendidus” façam um piquete na frente da fabrica da Surly para acabar com essa pouca vergonha, com essa “porn part”.

Surly é uma das pioneiras no boom das fixed gear com produtos inovadores e que atendem as necessidades dos ciclistas de fixas, como por exemplo: o melhor lockring de cubo de fixa/pista (é melhor que um Dura Ace ou Sugino, ambos NJS); pinhão Dingle (Aargh! “porn part”), Fixxer - conversor de cubo K-7 em fixo (Aargh! “gambiarra”), gancheiras de pista que se acomodam em qualquer ângulo (ótima para conversões – mas incentivam a blasfêmia!), coroas em aço inox para fixa etc.

Três Tipos de Pinhões: “Porn Part”, Heresia/”gambiarra” e Idolatrados
Por outro lado, esse pinhão Dingle permite você ter na sua fixa dois “gear ratio”, que no caso da Bianchi Ocelot está montada com uma relação 44x17 (G.R.= 70) e 39x21 (G.R.= 50.2). Isso dá muita versatilidade a fixa e ajuda bastante no caso das subidas. E não tenho nenhum problema com essa configuração, só alegria.

Os “intendidus de coritibúúú” têm horror a pedal com firma-pé. Afinal de contas nas competições da UCI, os ciclistas utilizam pedais “clipless” (tipo Look etc). Um pedal de pista clipless top é o Speedplay Zero Track Special, mas será que é esse que os “intendidus” usam??? “It is the real thing, “true” and “pure”.

Pedal Speedplay Zero Track Special (Ungido e Santificado)
Por outro lado, nas competições Keirin no Japão, no âmbito da NJS, só são permitidos pedais com firma-pé e correias certificadas. Parece que aqui temos um empate técnico entre os dois padrões. Eu prefiro o firma-pé, dada a praticidade, pois posso pedalar com quase qualquer sapato/tênis. Na Bianchi MTB convertida eu uso pedais Chorus Aero de firma-pé (outra heresia) com correias Campagnolo. Outros pedais que acho legal são: Campagnolos antigos, os Dura Ace PD-7400 e o Ultegra PD-6400, ambos utilizam firma-pés e são dos anos 90, mas não são certificados pela NJS. Os únicos pedais certificados pela NJS são os MKS. Mundo afora existem cópias (da cópia, pois a MKS se inspirou na Campagnolo para fazer alguns de seus modelos) e a própria MKS fabrica similares aos certificados, mas que tem um preço bem mais acessível.

Pedais Chorus Aero e Dura Ace PD-7400

Pedal MKS Custom Nuevo NJS
 Nas competições em velódromo seja no âmbito da UCI, da NJS ou outras (Olímpicas etc.) sempre são usados pneus tubulares nas bikes pisteiras (aquelas “true” and “pure”). Pergunto: Será que os “intendidus de coritibúúú” usam pneus tubulares nas suas “true” and “pure” pisteiras para dar skids??? Ou são hereges e usam pneu clincher (Blasfêmia!!!)???

Einstein dizia que duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Dizem que ele tinha dúvidas sobre o universo. Dar skids com pneus tubulares para ser “true” and ”pure” pisteiro é a comprovação da tese do Einstein. Se não vejamos, baseado no post: O Custo da Diversão de Frear com Skids , e no custo dos pneus tubulares no mercado local, cujo preço é de cerca de R$ 100,00/unidade (para treino), mas existe de R$ 350,00/unidade. No eBay, a coisa não melhora muito não: US$ 100.00 (incluindo o frete unitário, mas sem impostos) para um Vittoria Corsa Evo CX II.

Suponhamos que o “intendidus” seja um SKIDDER comedido e o tubular dure 2 semanas (isso beira a um milagre que precisa ser repetido 26 vezes no ano), pois um Kenda West resiste umas 3 semanas. O custo anual da diversão vai ser de aproximadamente R$ 2.600,00; sem contar o trampo de cola e descola tubular.

Obviamente os “intendidus” vão bradar que não se faz necessário usar pneu tubular para ser “true and pure” com suas pisteiras. Eta padrão fajuto!!! Não existe meio padrão, assim como não existe mulher meio-grávida e nem meia-honestidade intelectual. Provavelmente, usam pneu clincher, sinal que a estupidez tem limite, mas a coerência é jogada no lixo.   Cadê o amor / fervor à causa de ser um “true” and “pure” pisteiro ??? Ser um exemplo /modelo para essa massa ignara que não entende de pisteiras, de como uma pisteira (Oops! Fixa urbana) deve ser???

Na verdade o que é considerado “cool” ou “descolado” no exterior são as bikes fixas – estilo Keirin, pois são boas imitações das pisteiras e mantém aquela imagem arquétipa e nostálgica da “magrela”. Além disso, existe também o lado “retrô” disso tudo, que recentemente foi objeto de matéria de capa da Vejinha-SP (27/04/2011). As bikes Keirin NJS não mudaram praticamente nada na sua aparência desde 1948, ou seja, nas últimas seis décadas. Um exemplo concreto é que a maioria dos movimentos centrais NJS ainda utiliza colar de esferas!!! A exceção é o pedivela Dura Ace NJS (FC-7710) que usa um movimento central Octalink (especifico da Shimano), que é selado. Enquanto que no resto do mundo das competições de pista usam-se somente movimentos centrais selados (mas sem vedaçoes), e o pedivela Sram Onmium (pista) usa um MC com copos externos (+ moderno). Por outro lado, as bikes pisteiras para competições no âmbito da UCI são todas de carbono e não são muito inspiradoras para serem usadas como fixas (mas sempre existe alguém que goste).

Quadros Kalavinka: Keirin NJS (cromoly) e UCI (carbono)

Achar que uma fixa deve emular uma bike de pista é o mesmo que achar que uma MTB atual deveria ser similar a uma Schwin Excelsior or Varsity (percursoras das MTB de hoje) que uns californianos arrojados utilizavam para fazer downhill nos anos 60 e 70. Diga-se de passagem, que isso foi uma gambiarra, que hoje representa comercialmente entre 80% a 90% do negócio de bicicletas no mundo. Se dependesse de gente que tem a mesma mentalidade dos “ fixantas intendidus de coritibúúú”, isso nunca teria acontecido, pois qualquer gambiarra (ou que pareça gambiarra) ou qualquer coisa fora do convencional ou do "padrão" vigente é um horror, é blasfêmia, uma heresia!!! Cruz, Credo!!! Deusolivre!!!

Resumindo, parece que os “fixantas intendidus de curitibúúú” querem impingir aos demais o seu “modelito correto” de fixa (o estilo Xing Ling Pistês), através de critica, fazer troça e pixamento das fixas que estejam "desenquadradas". Ou seja, pautar a moda / estilo das fixas, fazendo “patrulhamento estético” nos blogs dos outros, via re-blog. Tarefa ingrata, pura perda de tempo, basta ver como as MTB se modificaram ao longo do tempo, mudaram muito mais que as bicicletas de estrada, assim como as bikes de pista que participam das competições da UCI. 


As bikes Keirin japonesas mantiveram-se praticamente inalteradas na sua aparência, nas últimas décadas, por causa das regras estritas da NJS visando manter ao máximo a homogeneidade das pisteiras, cujo objetivo é que o atleta vença a competição e não o equipamento.

Lendo as patáquadas dos “intendidus de coritubúúú” é que tive a inspiração para escrever a Sétima Regra das Fixas, que está neste post http://bikefixabr.blogspot.com/2011/05/as-sete-regras-das-fixas-mas-bike-fixa.html
- que diz:
7) A Bike Fixa É uma Escolha Pessoal. Seja independente, pense por si mesmo, não se deixe influenciar por modismos ou pretensos “gurus” que adoram pontificar que uma fixa deve ser “assim” ou “assado”. Ou que a fixa deve ter tais e tais componentes, se não é um lixo. Tirando as “regras” anteriores cujo objetivo é evitar acidentes dentro do possível, o resto é escolha pessoal. O mais importante é que você curta pedalar a sua fixa. A opinião dos outros é irrelevante, desde que você não desconsidere os aspectos que possam por em risco a sua integridade física ou a dos outros quando você pedala na sua fixa.”

Lembrem-se: Sejam independentes e pensem por si mesmo.

Ressalto que o objetivo do blog é informar e instruir sobre a montagem de bikes fixas urbanas. Mostrar as opções existentes sem preconceito ou “partidarismos” para o ciclista montar uma fixa. Procuramos sempre fundamentar o que dizemos com fatos, com exemplos concretos, nos prós e contra de cada opção. Sejam essas opções consideradas por alguns como “gambiarras”, gambiarras e “não gambiarras”, “bike porn” ou “part porn”, ou seja, sem preconceito, sem idéias pré-concebidas e sem menosprezar nenhuma alternativa. A escolha é do ciclista, é individual e o credo do blog é aquele expresso na Sétima Regra da Fixa.

Boas Pedaladas a Todos

By MarchaFixa

P.S.: SWAN - A Minha Outra Fixa “Herética”

Na foto abaixo temos uma fixa urbana montada a partir de um quadro misto (Aargh! “gambiarra”):

Swan Fixa
O quadro foi feito artesanalmente por Glenn Swan – (Swan Cycles - USA). Ele também é um ciclista da classe master. Ele utilizou tubos True Temper modelo Velo, que tem formato aerodinâmico e gancheiras de pista Sub 11.0 (a antecessora das Surly). Esta tubulação foi desenvolvida por Koichi Yamaguchi, a qual ele usou nas bikes da equipe Olímpica dos EUA nos anos 90. O tubo do selim, o tubo inferior e os seatstays têm formato aerodinâmico. Este quadro pode ser usado tanto como bike de contra-relógio com marchas (só atrás) ou como pisteira no velódromo. A distância do movimento central ao chão é no padrão de pista. O garfo é todo de titânio (padrão JIS).

Os componentes dessa bike fixa são quase todos Dura Ace (90% NOS –“new old stock”) das séries 7200 à 7600, inclusive as correias azuis do firma-pé são Dura Ace EX (dos pedais PD-7300), mas os pedais instalados na Swan são PD-7400.  O cubo de PISTA é NJS (HB-7600), com a vedação.  As exceções são: o movimento central Syncros Titanium (canadense) com 103mm, os pinhões Eightinch (17 e 20), infelizmente não existe Dura Ace com esses números de dentes, e a coroa MCS. A corrente é uma KMC Z610HX, utilizada em competições de BMX. O bullhorn é Nitto modelo RB-018HT coberto por uma fita Fizik Microtex, com uma mesa curta retirada de uma Specialized Sirrus. Os aros são Rígida DP18, ainda daqueles fabricados na França, com raios Sapim na traseira e Wheelsmith na frente e pneus clincher Michelin Speedium II 700x25. O selim é um Brooks e o manete de freio é o modelo Salsa Crosslever.

Obviamente, alguém vai pensar que a Swan é uma KHS Aero Turbo convertida, mas não é. O tubo da KHS é o True Temper RC2 (inferior ao Velo), e os “seatstays” e o tubo do selim são redondos, enquanto que esses mesmos tubos no conjunto Velo têm forma aerodinâmica.

Um dos “sábius de coritibúúú” (Oops! Existem “sábios” em “coritibúúú” ??? Será???) comentou sobre uma das minhas fixas:
“Continue a andar de fixa (mtb adaptada) nos parques de SP somente nos dias de sol para não se sujar… poucos skids...etc. etc.”
Puxa vida, finalmente uma sugestão que é muito adequada para a SWAN, pois vai de encontro ao que Koichi Yamaguchi (criador da tubulação Velo) diz:
“O quadro Messenger precisa ser mais resistente que um quadro para competição de pista. O quadro de Pista para competição não é construído para dar contra-pedal (brecar a bike com um skid) , pois isso resulta em “stress” nos tubos da corrente (chainstays), nos tubos de suporte do tubo do selim (seatstays) e nas gancheiras traseiras.”

Além disso, componentes de pista (os verdadeiros, tipo NJS) não se dão bem com lodaçais (pois isso não existe em velódromo decente – coberto), é melhor usá-los quando as ruas estão secas e em dias ensolarados. Eles também não foram feitos para levar Skids a torto e a direito. Os “intendidus de coritibúúú” parecem ter um gostinho especial em maltratar quadros, não é o meu caso, e refazer um quadro do tipo do Swan custa bem mais do que dar skids com pneu tubular.