Bianchi Ocelot MTB Fixa (pinhão Surly Dingle 21x17 e a altura do mov.central é 29cm)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cubo Campagnolo C-Record com Pinhão Parafusado

Recentemente a Phil Wood anunciou que está fabricando cubos para pinhão parafusado, o qual foi objeto de um post no blog: Pinhão Parafusado é Gambiarra? Não É, Segundo a Phil Wood. .

Em outro post (Como Converter Cubos C-Record ou Dura Ace Antigos em Cubo Fixo) aventamos a possibilidade de utilizar o adaptador FixKin Lock para converter cubos antigos (que possuem  rosca para roda-livre) da Campagnolo ou Dura Ace em cubos de fixa. Obviamente podem ser de outras marcas, mas esses top de linha antigos são os que valem à pena. Considerando que um cubo traseiro Campagnolo Record de pista NOVO custa cerca de US$ 230.00 na Amazon, sem frete e os impostos; e incluindo esses dois custos adicionais vai custar pelo menos R$ 500.00 entregues no Brasil.

Encontramos uma solução melhor (+ simples) para converter cubos antigos de catraca de rosca em cubo fixo. Essa alternativa consiste em colocar um “anel” / adaptador que é rosqueado no cubo no lugar da catraca de rosca, e é travado com parafusos que penetram a carcaça do cubo (caso contrario seria um “suicidal hub”), e com isso usa-se um pinhão parafusado.

Ressalte-se que os melhores cubos para esse tipo de conversão são os de flange alta. O motivo é que no de flange alta pode-se usar cola epóxi bi-componente juntamente com os parafusos de travamento, pois o “anel”/adaptador não fica no caminho dos raios da roda. No caso de substituição de um raio não é necessário retirar o adaptador para dar passagem para o raio. Nos cubos de flange baixa, não é aconselhável usar trava-rosca ou cola epóxi para travar o adaptador no cubo, mas somente os parafusos de travamento.

Os cubos Campagnolo Record, que são chamados de "NOS" - New Old Stock (Estoque Antigo mas Novos - ou seja, nunca foram usados), das fotos abaixo foram encontrados em uma bicicletaria nas cercanias de São Paulo. O cubo traseiro é para bicicletas bem antigas - o espaçamento é de 120mm !!! Isso é para roda-livre com 4 ou 5 velocidades !!! Eles foram fabricados em 1966, conforme está estampado (66) no "locknut" (porca de travamento). Ou seja, ficou parado 46 anos !!! Em breve será convertido e colocado para rodar. Obviamente, que é possivel utilizá-lo com uma catraca de 7 velocidades, mas seria necessário trocar o eixo e colocar adicionalmente uns 6 a 10mm de espaçadores. Por outro lado, eles são ótimos candidatos para serem coinvertidos em cubos fixo, pois tem flange alta - 75mm de diametro, ou seja o anel (diametro de 54mm) para parafusar o pinhão ficará quase uns 10mm abaixo do circulo dos furos onde passanm os raios. E com isso, o anel adaptador pode ser fixado permanentemente.


Cubo Campagnolo Record Strada - 120mm - 1


Cubo Campagnolo Record Strada - 120mm -2


Cubo Campagnolo Record Strada - 120mm -3


A foto seguinte mostra um Campagnolo C-Record que tem a flange baixa, e portante o "anel adaptador" não pode ser fixado permanentemente.


Cubo C-Record com o "Anel"/Adaptador
 
No passado, no começo da onda do freio a disco para MTBs, surgiram uns adaptadores que consistia em um “anel” que era rosqueado no lado esquerdo do cubo traseiro que permitia a instalação do rotor de freio a disco com 6 furos. A Calypso – importadora brasileira de componentes de bicicletas – comercializava esse produto, que é similar ao da foto abaixo e que no passado também vinha em alguns cubos da ShunFeng.

Adaptadores: Brasil e o da MontanoVelo
 
Após infrutíferas buscas nas bicicletarias antigas de São Paulo, descobrimos que a MontanoVelo – uma bicicletaria de Oakland, California (USA) estava fabricando uns adaptadores similares para freio a disco. Vejam esse link para o blog do Prolly.

Baseado nesse adaptador da MontanoVelo desenvolvi um similar porém com uma grande diferençafuros com rosca ao redor do “anel” para travar o adaptador no cubo para evitar que ele desrosqueie acidentalmente. Neles são parafusados 6 parafusos Allen sem cabeça (fica melhor em termos de estética) de 3mm que penetram 1 a 2mm na carcaça do cubo, tornando praticamente impossível que ele desrosqueie acidentalmente, esses “parafusos-trava” também levam trava-rosca (média intensidade) para evitar a ação da vibração. Caso o ciclista não queira ter muito trabalho, basta encomendar esse adaptador com Mr. Jason da MontanoVelo, que custa US$ 35.00 mais frete. Entretanto, será necessário fazer os furos/roscas no adaptador da MontanoVelo para colocar os parafusos allen de 3mm para TRAVAMENTO do mesmo.

Lí em um fórum que alguns ciclistas acharam complicado essa conversão e talvez muitos não apreciem o fato do pinhão parafusado ter 6 parafusos aparentes. Existe ainda uma terceira alternativa para a conversão de um cubo de rosca em cubo fixo. Só para relembrar, a 1ª. é o FixKin Lock , que já  mencionamos acima; a 2ª. é o “anel”/adaptador para pinhão parafusado – objeto deste post, e a 3ª. é um adaptador da SPNK que rosqueia no cubo e que nele tem duas roscas: uma para o pinhão e a outra menor e reversa para colocar o “lockring”. Esta ultima alternativa tem um problema: não tem um sistema de travamento e, portanto não passa de um “suicidal hub” sofisticado. Entretanto isso pode ser resolvido, basta aplicar nele o mesmo sistema de travamento de parafusos que é utilizado no “anel”/adaptador detalhado abaixo. Essa 3ª. alternativa - Adaptador SPNK - tem uma vantagem no caso dos cubos com flange baixa, não é necessário retira-lo numa eventual troca de raios. Conversei por e-mail com o fabricante desse adaptador e ele informou que a linha da corrente fica em 52mm. Esse adaptador esta’ a venda no eBay-UK neste link aqui. Ele é vendido por weeelz2010  da empresa inglesa SPNK. A foto esta’ abaixo.

Adaptador SPNK para Cubo de Rosca Virar Fixo

Ressalte-se que por razões de segurança não se recomenda brecar a fixa dando SKIDS com esse tipo de adaptador. USE OS FREIOS PARA ISSO.

Atualização: Este cubo Campagnolo C-Record foi modificado novamente, pois retiramos esse anel adaptador para pinhão parafusado e instalamos o Adaptador da SPNK (vide foto acima). Desta maneira liberamos o acesso para uma eventual troca de raios ou de aro.   O processo de instalação do SPNK está descrito neste post AQUI, cujo titulo é: "Adaptador SPNK para Conversão de Cubo de Rosca em Cubo com Pinhão e Lockring". Abaixo temos uma foto do cubo C-Record com o Adapatador SPNK já instalado definitivamente - colado com cola bi-componente e travado com quatro parafusos allen de 3mm de diâmetro.

 

Adaptador SPNK Montado no Cubo C- Record com Flange baixa

O cubo Campagnolo C-Record tem originalmente eixo vazado para blocagem, o qual foi trocado por um eixo sólido para cubo de pista da própria Campagnolo. Esse cubo foi re-espaçado, pois passou de 126mm para 120mm, ficando assim compatível com quadro de fixa com gancheiras de pista.  Ele tem flange baixa, e por isso só usamos parafusos para o travamento do “anel” no cubo.

Cubo Sendo Re-espaçado / Troca de Eixo
Cubos Record Pista (original diant.) e C-Record (traseiro)

 
Esse “anel”/adaptador deixa o cubo traseiro com uma linha da corrente de aproximadamente 47mm. O que facilita a compatibilização com a linha da corrente dianteira.

A receita desse “anel” / adaptador esta detalhada a seguir, e para  isso fiz um desenho da peça que serve para orientação e cujos detalhes estão explicados abaixo.

1) Material: Alumínio para torneiro – Liga 6061 ou 7075.

2) Diâmetro EXTERNO: 54mm

3) Diâmetro Interno/Rosca: 1.37” x 24 FPP* – será necessário fazer a rosca interna desse anel/adaptador. Sugiro que você leve o cubo para o torneiro ver/medir a rosca.
Obs.: Esse diâmetro/rosca é o mesmo de um pinhão de pista ou de uma catraca (roda-livre) de rosca ou ainda do lockring do movimento central (lado esquerdo). FPP* = Fios de rosca por polegada.

4) Espessura: 8 mm

5) Furação ISO para o Pinhão Parafusado (6 furos): 44mm BCD (Bolt Circle Diameter). Traduzindo esse 44mm BCD: Significa que a distancia de centro-a-centro de dois furos opostos é de 44mm. Por outro lado, consequentemente, o raio desse circulo de furação é de 22mm. E a distancia de centro-a-centro de dois furos vizinhos (ou contíguos) é também de 22mm . Você pode levar para o torneiro um rotor de freio a disco usado, assim ele tem um gabarito para fazer as 6 furações/roscas.

O BCD (Bolt Circle Diameter) dos cubos de disco é 44mm de acordo com esta foto neste link:

Padrão de Furação ISO p/ Cubo de Disco

6) Rosca dos Furos ISO: A rosca é para parafuso Allen de 5mm ou também conhecida como M5. Esses parafusos Allen irão prender o pinhão no adaptador/cubo.

7) Furos com Rosca para Parafusos Allen que Travam o “Anel” /Adaptador no Cubo: Eles são efetuados na borda do “anel”, no intervalo entre os furos que irão prender o pinhão, são 6 furos. Eu utilizei parafusos Allen sem cabeça de 3mm de diâmetro. (Obs.: No segundo adaptador descrito AQUI feito com 9mm de espessura coloquei parafusos allen sem cabeça de 4mm).

8) Fazer dois encaixes para Ferramenta de Pinhão: Esses “encaixes” são duas ranhuras grandes o suficiente para encaixar a ferramenta para apertar/desapertar “lockring”/ pinhão de cubo de pista. Isso é feito manualmente com uma lima para ferro. E tem 4mm de largura e 3mm de profundidade. Descobri que não são necessários, pois basta parafusar o pinhão para ter apoio para rosquear o adaptador. (Obs.: No segundo adaptador eliminamos isso, pois o aperto usando a ferramenta para pinhões/lockrings é mais que suficientes).

Desenho do "Anel" / Adaptador para Pinhão Parafusado
 
A instalação do “anel”/adaptador é feita na seguinte seqüência, depois que o cubo foi enraiado no aro:

1) Rosqueie o anel no cubo e parafuse o pinhão, e depois com a ferramenta para apertar/desapertar “lockring”/ pinhão de cubo de pista (foto abaixo) aperte mais o conjunto adaptador/pinhão.


Ferramenta da Simano p/ (Des)Rosquear Pinhão / Lockring


2) Pegue uma subida moderada para que a pedalada aperte mais naturalmente o conjunto adaptador/pinhão e em hipótese alguma dê “skids”, e retorne para oficina evitando fazer qualquer coisa que desrosqueie ou afrouxe o “anel”/adaptador.

3) Retire o pinhão do adaptador, desparafusando os 6 parafusos allen. Use uma broca de 2,5mm de aço rápido e através dos furos da lateral (aonde vão os parafusos allen de 3mm) faça furos (“buracos”) com 1 ou 2mm de profundidade (evite transpassar a carcaça do cubo), que servem para permitir que os parafusos de travamento penetrem no cubo. Evite danificar as roscas do “anel”/adaptador. Retire/limpe as rebarbas/cavacos dos furos com um “clip para papel”.

4) Coloque os parafusos allen (sem cabeça) de 3mm nos seus respectivos furos juntamente com trava-rosca de média intensidade e aperte bem para eles se alojarem 1 ou 2mm na carcaça do cubo.

5) Instale/parafuse novamente o pinhão no “anel”/adaptador. Use arruelas de pressão, assim evita-se que a vibração e a força da pedalada afrouxe os parafusos. A roda esta’ pronta para ser montada na fixa.

O resultado final está na foto a seguir. Esse cubo continua em teste, e não deu para perceber nenhuma diferença de um cubo tradicional de fixa. Estou usando o cubo a quatro meses e não tive nenhum problema (Abrl/2012). 

Cubo C-Record com Pinhão Parafusado
Fotos adicionais estão na minha pagina no Flickr, neste link aqui.
http://www.flickr.com/photos/62978253@N03/sets/72157628484771111/
 
Essa roda vai ser usada em definitivo em uma fixa cujos componentes são todos Campagnolo “vintage” (Super Record, C-Record, Record, Chorus Aero, Chorus monoplaner etc.) e o quadro tem uma pintura estilo retro (creme).    


Existe um outro post que é sequencia deste onde ilustramos como fazer isso em um cubo com "Flange Alta", e o titulo é: "Como Converter Cubo de Rosca em Cubo com Pinhão Parafusado".

Boas Pedaladas a Todos.

By MarchaFixa

P.S.: Os “bitolados de coritibúúú” vão achar esse “gambitech” uma heresia. Entretanto, é bom lembrar que se dependesse de gente que pensa ou que tem aquela mentalidade que qualquer coisa fora do convencional ou do "padrão" vigente é gambiarra -  gente do tipo  “intendidus bitolados de coritibúúú”, as MTBs nunca teriam sido criadas, pois elas começaram como uma “gambiarra” e hoje são o maior segmento do negócio de bicicletas no mundo.

Fotos da Conversão de Cubo Campagnolo de Rosca p/ Pinhão Parafusado

No link abaixo tem muitas fotos sobre a conversão de um Cubo Campagnolo C-Record para Pinhão Parafusado em alta resolução.



Cubo C-Record para Pinhao Parafusado
Essas fotos complementam aquelas do post "Cubo Campagnolo C-Record com Pinhão Parafusado".

by MarchaFixa

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Por Que Muitos “Gringos” Optam pelo Cubo de Pinhão Parafusado?

No exterior existe uma abundância de cubos traseiros para montar uma fixa – do mais simples Fórmula que custa US$ 30.00 (quando ocorrem promoções) aos Phil Wood, Royce (UK), White Industries  etc. que custam acima de US$ 200.00 ; mesmo assim tem muitos ciclistas “gringos” que preferem colocar na sua fixa um cubo para freio a disco convertido para pinhão parafusado. O que para muitos ciclistas brasileiros é um mistério, dados os preços baixos no exterior dos cubos de fixa do tipo Fórmula.

No artigo “Pinhão Boone (titânio) Parafusado no Cubo de Disco” de John Chow que traduzi, e que está no blog (aqui) , ele conta que partiu para o cubo com pinhão parafusado depois de ter detonado alguns cubos de fixa tradicionais (aqueles que utilizam pinhão com lockring).


No post "Pinhão com Lockring vs. Pinhão Parafusado" abordamos as vantagens e desvantagens dessas duas opções de cubos para fixa.


Caso o seu cubo tradicional de fixa espane a rosca, a sua substituição implica em elevados custos, senão vejamos.  O custo da  Mao-de-Obra de serviços da montagem da roda é alto nos países desenvolvidos – cerca de US$ 45.00, ou seja é equivalente ao custo de um cubo básico. E, além disso, tem os extras como na Harris Cyclery (do Sheldon Brown) que não reaproveita: aros, raios e nipples. Vide imagem abaixo retirada do site da Harrys Cyclery.

Harris Cyclery - Serviço de Montagem de Rodas


Abaixo efetuamos uma estimativa do custo total para repor um cubo traseiro que espanou a rosca:

CUSTO RODA FIXA TRASEIRA TRADICIONAL (by Harris Cyclery)
             ITEM                              CUSTO
1) Cubo Traseiro Origin8 Fixo      US$ 39.95
2) Raios+nipples DT Comp.DB     US$ 38.40
3) Aro (rim) Mavic Open Sport     US$ 49.95
4) Montagem da Roda                 US$ 45.00
TOTAL                                US$ 173.30


Ressalte-se que a Harris Cyclery não reaproveita o seu aro e os raios antigos. Além disso, os componentes acima não têm nada de especial, são básicos. Ou seja, cada espanada de rosca do cubo tradicional custa caro. Observem que o item mais caro é a montagem da roda!!!

Por outro lado, a opção de um cubo de disco convertido para fixo no final sai muito mais barato dada a durabilidade do cubo. O custo de um cubo convertido pelo ciclista fica em US$ 48.48, conforme item 5 abaixo:

CUSTO RODA FIXA TRASEIRA – Pinhão Parafusado (USA)

       ITEM                             CUSTO
1) Cubo Disco Diant. Deore M525 (*) US$ 23.68
2) Eixo Sólido – Wheels Mfg 174mm   US$ 10.95
3) Espaçadores – Wheels Mfg (30mm) US$  5.90
4) Porcas da Problem Solvers             US$  7.95
5) SOMA - Custo Cubo Convertido US$ 48.48
6)  Raios + nipples DT Comp. DB       US$ 38.40
7)  Aro (rim) Mavic Open Sport          US$ 49.95
8) Montagem da Roda                       US$ 45.00
TOTAL (5+6+7+8)                   US$ 181.83


Um cubo de disco Deore XT (modelo M756) custa na Amazon US$ 47,15 enquanto que o Deore - modelo M525 sai pela metade. Na Amazon tem também os demais componentes necessários para montar uma roda fixa com pinhão parafusado.

CUSTO RODA FIXA TRASEIRA – Pinhão Parafusado (UK)

       ITEM                             CUSTO
1) Cubo Disco Diant. Deore M525        £ 15.99
2) Eixo Sólido – Velosolo 174mm        £  8.95
3) Espaçadores – Velosolo (30mm)      £  8.45
4) Porcas (arruela flutuante) Velosolo   £  2.95
5) SOMA - Custo Cubo Convertido  £ 36.34
6)  Raios + nipples DT Comp. DB          £17.99
7)  Aro (rim) Mavic Open Sport             £21.99
8) Montagem da Roda (Velocity Bikes) £35.00
TOTAL (5+6+7+8)                        £ 111.32
TOTAL em US$ (£1=US$1.55) US$ 172.00


A Velocity Bikes (UK) cobra de mão-de-obra £35 (= US$ 54.00) pela montagem de uma roda de bicicleta.

Ressalte-se que não estão inclusos nos custos o frete para entrega desses itens.

Alguém poderá questionar o custo da montagem da roda, entretanto esse é o preço. A Elegant Wheels (USA) também cobra US$ 45.00 pela montagem da roda; e, além disso, eles oferecem um cubo de disco convertido pronto para ser enraiado por US$ 139.00 vide foto abaixo.

Cubo p/ Pinhão Parafusado da Elegant Wheels


A Excel Sports (USA), quando você compra deles todos os componentes para montar uma roda, tem um custo da montagem  de US$ 25.00.


Além da Elegant Wheels, a Velosolo (UK) também vende cubos Deore XT já convertidos para serem usados com pinhões parafusados e custam cerca de £ 52.00 (= US$ 81.00). Cubos especificos para pinhão parafusados são fabricados pela Phil Wood e pela FixKin. Pinhões para esses cubos são fabricados pela: Velosolo (UK), FixKin (Italia), TomiCogs (USA), Phil Wood (USA) e Silas (Brasil).


Infelizmente ainda não está disponivel um cubo pronto de fábrica para pinhão parafusado na faixa de US$ 40.00. Ou seja, na faixa de preços de um cubo da Fórmula/ Origin8.

O objetivo do post foi tentar jogar alguma luz sobre o mistério dos “gringos” optarem pelo cubo de disco que implica no “trampo” da conversão, coisa que muitos  ciclistas brasileiros NÃO compreendem dada a abundancia de cubos tradicionais de fixa a preços muito atrativos no exterior.

Boas Pedaladas a Todos.

By MarchaFixa

P.S.: No Brasil se reaproveita tudo, então o custo de espanar um cubo tradicional de fixa é basicamente a substituição do cubo e o custo de enraiar esse novo cubo. O custo desse serviço varia entre R$ 15,00 a R$ 75,00. Na média fica entre R$ 25,00 a R$ 30,00. 


Por outro lado, aqui o custo de um par de cubos da Fórmula para fixa custa ao redor de R$ 200,00 ou cerca de US$ 110.00. No Brasil só é vendido o par, mas no exterior você compra separadamente.

sábado, 26 de novembro de 2011

Bike Check: Bianchi Ocelot Fixa


Essa é a fixa cuja foto ilustra este blog. O quadro é do tempo (1993) em que as MTBs tinham “cachimbos” (“lugs”), que é raridade, mas logo depois passaram a ser construídas com solda TIG. Isso facilitou o desenho de MTBs com ângulos diferentes – por exemplo: geometria “slooping”.

Bianchi Ocelot Fixa

Na verdade uma MTB convertida com rodas 700c oferece tudo de bom para pedalar nas ruas: movimento central alto, robustez, boa distancia entre-eixos que resulta em uma pedalada confortável, e não tem “overlap” de pedal com a roda.

As razões/vantagens para conversão de MTBs em fixa com gancheira horizontal (estilo pista) já foram abordadas em detalhe no seguinte post: “A Conversão de MTB de Aço/ Cromoly em Fixa com Rodas 700c (speed)”.

O quadro Bianchi estava assim quando comprei:

Bianchi Ocelot: Estado na Compra

As alterações que efetuei no quadro foram as seguintes:

1) Troca das gancheiras verticais por aquelas de pista – desenhadas por Kirk Pacenti da BikeLugs.com. A troca foi realizada por um framebuilder. Nesse processo, a traseira também foi encurtada levemente, pois os tubos foram cortados onde terminavam as gancheiras antigas embutidas nos mesmos.

Gancheira Pacenti



Gancheira Pacenti - Pinhao Dingle
2) Foi extendido para baixo o tubo frontal em 20 mm. Isso foi feito devido ao fato que a distancia entre o centro do eixo do cubo dianteiro até onde vai a pista do garfo é maior no garfo rígido de MTB do que no garfo de speed/pista para pneu 700c.  A diferença pode chegar a 40 mm.  A extensão para ser encaixada no tubo frontal foi feita por um torneiro usando tubo (sem costura) trefilado mecânico AP-134 da Vallourec Mannesmann. A extensão foi pinada com parafusos Allen de 3 mm (sem cabeça) e depois foi soldada com MIG ao redor do tubo. Abaixo tem a foto de um extensor de tubo frontal fabricado em alumínio e vendido pela Eightinch. Uma alternativa para evitar colocar a extensão do tubo frontal é utilizar um garfo de bike de ciclo-turismo (“touring”) que são parecidos com os de MTBs, mas usam rodas 700c e freios V-Brake. Uma das fotos abaixo, mostra quanto foi extendido o tubo frontal.

                      Extensor do Tubo Frontal 

3) Como o “chainstay” das MTBs é mais largo que um de bike speed/estrada foi necessário prensar levemente o “chainstay” direito para acomodar a coroa menor usando um movimento central com comprimento de eixo de 111mm.

A geometria da Bianchi Ocelot convertida ficou assim:

“Drop” do Mov. central: 50 mm
“Rake” do garfo: 28 mm
Comprimento do Chainstay (c-c): 42 cm
Distancia Entre-eixos: 1020 mm

Infelizmente não tenho instrumentos para medir os ângulos do tubo do selim e do tubo frontal. Ressalte-se que o “drop” do movimento central é bem curto – 50 mm, menor que a típica  bike de pista. A guisa de comparação, ele é igual ao “drop” do quadro de pista Look 496 e é 5 mm maior do que o quadro de fixa/trial  modelo Butcher da Eightinch (drop de 45mm). Por outro lado, a distancia Entre-Eixos ficou maior do que a típica bicicleta de estrada, assim como o comprimento do “chainstsay”, entretanto isso evita o “overlap” pedal/roda e proporciona mais conforto. Comparações adicionais podem ser feitas utilizando-se as tabelas de geometria do post: “A Escolha do Quadro da Fixa: Geometria de Fixa vs. Pista vs. Estrada” .


Componentes da Bianchi Ocelot Fixa 

Quadro: Bianchi Ocelot 1993;
Gancheiras do quadro: Pacenti (cromoly c/faces de inox);
Garfo: Mercier – track style / flat crown (rake 28mm – padrão de pista);
Selim: Brooks B17;
Canote: Campagnolo Super Record 25mm com bucha para 26mm;
Aros: Mavic Open 4CD;
Raios: DT Competition (DB);
Pneus: Panaracer Tourguard / Vivezza – 700 x 28;
Guidão: Nitto B201;
Manoplas: Ritchey;
Mesa: Sakae;
Cubo Traseiro de Fixa: IRO flip/flop com eixo para 130 mm;
Cubo Dianteiro: Campagnolo C-Record e blocagem com parafuso allen ;
Pedivela: Campagnolo Chorus (1994) (135 mm BCD) – 172.5mm;
Coroas: Gebhardt 44T (da República Tcheca) e Campagnolo 39T;
Pinhão: Surly Dingle (pinhão duplo) 21 x 17;
Lockring: Surly;
Roda-Livre: Dicta 18T;
Corrente: Campagnolo de 9 velocidades;
Pedal / Firma-pé: Campagnolo Chorus Aero;
Correias do firma-pé: Campagnolo;
Movimento Central: Campagnolo Veloce 111mm;
Caixa de Direção: Giorgia (cópia do Campagnolo Super Record);
Espaçador da Caixa de Direção: Campagnolo Super Record
Freio Dianteiro: Campagnolo Mirage (estilo monoplaner);
Manete de Freio: DiaCompe Dirty Harry.

A Surly recomenda que seja usada uma corrente de 9 velocidades com o pinhão duplo Dingle, pois o espaço entre os pinhões só é compatível com uma corrente dessa espessura.

Foi mantida a caixa de direção Giorgia (fabricada na Argentina, nos bons tempos), pois ela foi encontrada largada em uma bicicletaria nos arredores de São Paulo. Estava riscada externamente, mas as pistas de esferas estavam em perfeito estado; foi polida e ficou com ótimo aspecto e foi montada com um espaçador Campagnolo Super Record. Abaixo tem a foto da Giorgia com outras caixas de direção da Campagnolo, Sugino (cópia da Super Record), Dura Ace e Shimano 600.

Diversas Caixas de Direção e Giorgia na frente 

Caixa de Direção Giorgia Montada / Tubo Frontal Extendido 

O pedivela Chorus (1994) é muito parecido com o Record Pista, mas o Chorus tem o perfil da “aranha” mais baixo do que o Record Pista (cuja furação é 144 mm BCD).

Pedivela Chorus (172.5mm) + Pedal Chorus Aero

Pedivela Campagnolo Record Pista - 144mm BCD

Optamos por cubo flip/flop de fixa dado que ele oferece mais flexibilidade, pois a minha esposa utiliza a bike na versão singlespeed. Além disso, um cubo de pista Campagnolo Record traseiro está custando ao redor de US$ 226.00 (na Amazon) e o IRO custou 1/6 disso. Acho que não faz muito sentido usar um cubo de pista Campagnolo em uma fixa comum para pedalar nas trilhas que a prefeitura chama de ruas. O resto das peças Campagnolo eu já tinha quando comecei a conversão dessa Bianchi. Existe ainda a alternativa de usar um cubo antigo de rosca da Campagnolo e colocar um conversor do tipo FixKin Lock, que já foi objeto deste post: “Como Converter Cubos C-Record ou Dura Ace Antigos em Cubo Fixo” .

Foto do Cubo IRO

Esta fixa foi objeto de troça por parte dos “estailantas intendidus de coritibúúú”, cujos “defeitos” (heresias) de “estaile” e dos componentes  são os seguintes:

1) Foi montada à partir de um quadro convertido de MTB;
2) Não possui nenhum componente de pista/velódromo;
3) Utiliza pedal com firma-pé;
4) Usa guidão “riser” com mesa com inclinação positiva;
5) Possui freio dianteiro;
6) Não utiliza nenhum componente de origem “Xing Ling” (do nível de um pedivela Lasco, que é de lascar; ou do garfo VISP - componentes da pisteira fajuta do Carlera); para os “coritibúúú” a falta disso compromete irremediavelmente o “estaile” da pisteira fajuta;
7) O garfo tem “rake” de 28mm (geometria de pista agressiva), mas em “coritibúúú”  eles consideram “pisteiro” o garfo com “rake” de 45 mm (padrão de bike de estrada) !!!;
8) O pedivela tem furaçao de 135 mm BCD (padrão da Campagnolo / Miche), mas em “coritibúúú” é considerado “pisteiro” aqueles com furação de 130 mm BCD, que é do pedivela Lasco (que na verdade é o padrão de estrada da Shimano)!!!.

Vejamos o que diz uma estilista brasileira a respeito de pontificar sobre estética e estilo, a qual vende suas criações para 49 países e suas roupas podem ser compradas nas lojas top: Barneys (New York); Browns (Londres); Colette (Paris) etc.

“Isabela Capeto não é, no entanto, o tipo de estilista que dita regras. Ao contrário, ela contesta qualquer atitude do gênero: “Quem somos nós para dizer isso está fora de moda, é feio ou bonito?” Por isso ela não ousa interferir no gosto de ninguém.” Fonte: “Alfinetadas com Estilo”, Caderno Eu & Fim de Semana, página 13 – Jornal Valor Econômico,  4 de Julho de 2010.

Por outro lado, os “intendidus de coritibúúú” gostam de pixar, fazer troça das fixas dos outros por elas estarem “desenquadradas” dos ditames de “estaile” de coritibúúú, conforme “O Livro Secreto de “estaile” Xing Ling Pistês de coritibúúú”. Eles esquecem que: Opinião (e gosto pessoal) é igual futebol e religião cada um tem a sua e não se discute.

Ficam as perguntas: 

1) Quem são esses bostinhas de coritibúúú para dizer / pontificar que uma fixa é feia ou bonita?
2) Que credenciais (“otoridade em estaile”) esses bostinhas tem para criticar as fixas dos outros? 
3) O que esses coritibúúús de bosta exportam para o resto do mundo? ESTULTICES.  As demais respostas estão abaixo.

As estultices dos “intendidus de coritibúúú” são impressionantes, sem paralelo na blogesfera dedicada às bikes fixas.  Imitando Stanislaw Ponte Preta que criou o FEBEAPÁ – Festival de Besteiras que Assola o País, temos agora no mundo das fixas: o FEBECAF - Festival de Besteiras de Coritibúúú que Assola as Fixas.

Lembrando que toda bike de pista/velódromo é também uma bike fixa, mas nem toda fixa é uma bike de pista/velódromo.

Vejamos algumas pérolas da “sabedoria” dos “intendidus de coritibúúú” que fazem parte do FEBECAF - Festival de Besteiras de Coritibúúú que Assola as Fixas:

a)  Garfo com rake de 45 mm (padrão para speed) é de pista, segundo os “intendidus de coritibúúú”, e um desses equipa a pisteira fajuta do Carlera; porém no resto do mundo os de pista verdadeiros são aqueles abaixo de 40mm.

b)  Pedivela com furação de 130 mm BCD (por exemplo: pedivela Lasco), é o padrão de pista somente para os “intendidus de coritibúúú”, no resto do mundo o padrão utilizados nas competições de velódromo da UCI, NJS é de 144 mm BCD.

c)  Quadro de "pista" com furação para freio dianteiro e traseiro é considerado pisteiro sómente pelos “intendidus de coritibúúú” (vide a pisteira fajuta do Carlera aqui), no resto do mundo isso não ocorre. Ressalte-se que a maioria dos quadros de fixa (originais) para uso urbano com gancheira horizontal possui furação para os dois freios.

d)  Cubo flip/flop (tipo Formula, Roberto´s etc.) é considerado cubo de pista unicamente pelos “intendidus de coritibúúú”, no resto do mundo esses cubos são de bike fixa. Os verdadeiros cubos de pista/velódromo não possuem rosca para roda-livre e vem com eixo (164 mm) para espaçamento entre gancheiras de 120mm (padrão de pista). Caso o leitor tenha duvida, veja se o cubo de pista Record ou roda Ghibli de pista da Campagnolo vem também com rosca para roda-livre.

e)  As ditas "pisteiras" dos "coritibúúús" usam pneu clincher, mas no resto do mundo, pisteiras verdadeiras só usam pneu tubular !!! Obviamente, o "estaile Xing Ling Pistês de coritibúúú" permite essa aberração.  Por outro lado, no resto do mundo, bikes fixas utilizam normalmente pneu clincher, pois faz mais sentido em termos financeiros e torna palatável o custo dos "Skids". 

f)  Bike fixa (Ops! pisteira fajuta) precisa ter componentes de pista, sómente  os “intendidus de coritibúúú” pensam assim, mas isso por que eles não sabem distinguir direito entre componentes para fixa dos componentes para velódromo (pista). Essa Bianchi Ocelot é uma fixa urbana que não tem nenhum componente de pista / velódromo e funciona perfeitamente bem para pedalar nas ruas de São Paulo.

g)  Quadro de MTB adaptado para fixa é uma heresia para os “intendidus de coritibúúú”, como essa Bianchi Ocelot. Estultice seria comprar uma fixa (Ops! pisteira fajuta) do tipo Specialized Langster ST com “drop” do movimento central de 69 mm (= bike de estrada), enquanto que a Bianchi Ocelot tem 50mm – que é o mesmo da Look 496 de pista; e pagar por isso 5 vezes mais. Vide o post: “A Escolha do Quadro da Fixa: Geometria de Fixa vs. Pista vs. Estrada” .

O mundo nunca esteve tão cheio de hereges que fazem fixas de quadros convertidos, sejam eles de estrada, MTBs, hibridas etc. Tudo em desacordo com “O Livro Secreto de “estaile” Xing Ling Pistês de coritibúúú”.   Na tabela abaixo efetuamos uma estimativa aproximada de qual é o percentual de bikes fixas submetidas ao Fixed Gear Gallery (que é a maior coleção de fotos de fixas do mundo) que são provenientes de uma conversão, ou seja, o quadro não foi originalmente fabricado para ser usado com pinhão fixo. Ressalte-se que o Sheldon Brown, o guru da fixas, possuia 11 fixas, exceto uma, o restante eram provenientes de uma conversão.

Estimativa das Bikes Convertidas

Faz-se necessário algumas explicações sobre os critérios utilizados para estimar o percentual de bikes fixas provenientes de uma conversão no total de bikes fixas da Fixed Gear Gallery. Utilizamos como amostra as 20 marcas de bikes mais representativas no Fixed Gear Gallery, e aquelas com um asterisco são as marcas que nasceram e cresceram no “boom” das fixas, por exemplo: Surly, IRO, Mercier, Pake e Soma; e portanto consideramos a totalidade como fixas originais de fábrica. As marcas que tem um asterisco dividido por 2, são aquelas marcas mais tradicionais, mas que tem uma boa presença no segmento de bike fixas, como a Bianchi, Specialized etc., neste caso consideramos a metade como convertidas e a outra parte como fixas originais de fábrica. Baseados nesses critérios (simplificados) estimamos que aproximadamente 70% das bikes fixas do Fixed Gear Gallery são provenientes de conversões.  No Brasil, eu diria que esse percentual deve ficar entre 90 a 95%, pois somente no ano passado (2010) começou a venda no varejo de bikes fixas originais de fábrica. Preconceito contra as conversões só existe por parte dos  “intendidus de coritibúúú”, pois em paises desenvolvidos e ricos (Alemanha, Suécia, Suiça, França, Holanda, Inglaterra, USA etc.) é a coisa mais normal do mundo, apesar de uma fixa original de fábrica de qualidade razoável custar menos de US$ 500.00, por exemplo, uma Mercier. Por outro lado, sendo "Coritibúúú City" o maior centro do ciclismo de "pista" ("xing ling") da GALAXIA , eles não podem tolerar "gambiarras" como fixas convertidas !!!


h)  Achar que uma fixa deve emular uma bike de pista é o mesmo que achar que uma MTB atual deveria ser similar a uma Schwin Excelsior or Varsity (percursoras das MTB de hoje) que uns californianos arrojados utilizavam para fazer downhill nos anos 60 e 70.

i) Um “intendidu de coritibúúú” defendendo o cubo de pista tradicional (pinhão com lockring) disse o seguinte: “É o sistema consagrado, é o clássico, é o que funciona (será mesmo??? E isso dele espanar???), é o que está no padrão..... Isso nem devia ser discutido, cubo de pista é o método consagrado e clássico, o resto [cubo com pinhão parafusado] é gambiarra”. Recentemente a Phil Wood, um dos mais conceituados fabricantes de cubos do mundo, lançou um cubo de fixa especifico para pinhão parafusado. Isso foi objeto de um post no blog: “Pinhão Parafusado é Gambiarra? Não É, Segundo a Phil Wood” .

j)   Mesa/Avanço de guidão curto prejudica o “estaile” da fixa (Ops! pisteira fajuta). Isso é um desvirtuamento do “bike fit”, mas isso só podia ser do “guguru de “estaile” de coritibúúú”, PauloR2. Até o advento dos “pisteiros fajutos de coritibúúú”, a mesa/avanço tinha como função fazer o ajuste fino da posição do ciclista na bike. Parece que “O Livro Secreto de “estaile” Xing Ling Pistês de coritibúúú” determina que o pessoal das fixas deva usar um único tamanho de mesa, independentemente se isso causa dores no ciclista, por causa da posição inadequada. O “estaile” vem em primeiro lugar, e azar do ciclista que nasceu com um biótipo fora do padrão de “coritibúúú”. Isso posto, provavelmente as bicicletarias de Curitiba vendem um único tamanho de mesa, assim elas não ficam “desenquadradas” do “estaile” preconizado pelos “intendidus de coritibúúú”. (Nota: A Jamur Bikes vende mesas de vários tamanhos; nem dá para acreditar que existe um herege desafiando os “intendidus de coritibúúú” na sua própria cidade !!!).

Isso me lembra o que o fundador da Paul Components comentou em uma entrevista para a Fixed Gear Gallery (aqui) sobre o fato da linha da corrente das bikes de pista ser de 42 mm: “Acontece que Deus, ou algum outro ser maior inventou 42 milímetros e nos estamos num caldeirão de água quente por este grande pecado (Obs.: Fizeram um cubo fixo com linha da corrente de 44 mm e um SS com 52 mm) desde então”.

Caso o leitor tenha alguma dúvida sobre a extensão das estultices dos “fixantas intendidus de coritibúúú” sugiro a leitura dos seguintes posts deste blog: “Os “intendidus de coritibúúú” e as Bike Fixa / “Fake Pista” E “Pure” Pista” ; “Bike Check: Carlera – O Estilo Xing Ling Pistês de Coritibúúú”  ;  “Bike Check: Viking do Martens”; “Pinhão Parafusado é Gambiarra? Não É, Segundo a Phil Wood” .

Viva a liberdade de expressão e a criatividade individual para montar a sua fixa !!!

Não esqueçam o que diz a Sétima Regra das Fixas, aqui.

Boas Pedaladas à Todos.

By MarchaFixa