Bianchi Ocelot MTB Fixa (pinhão Surly Dingle 21x17 e a altura do mov.central é 29cm)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pinhão com Lockring vs. Pinhão Parafusado

Essa discussão tem pecado pela falta de colocar os argumentos de pró e contra em relação ao contexto em que são utilizadas essas alternativas de cubo para fixa urbana.

Os defensores do cubo tradicional no qual existem duas roscas utilizam como principal argumento a tradição, sempre foi feito dessa maneira e, portanto é isso que está certo. E chamam de gambiarra o uso de cubos de disco convertidos em fixas urbanas, esquecendo que usar cubo tradicional feito para velódromo nas ruas, configura-se também em uma grande gambiarra. A Campagnolo não dá garantia aos seus cubos de pista que são utilizados fora do velódromo. (vide este link: http://www.sheldonbrown.com/harris/record-track.html).

Se não vejamos, o velódromo cujo piso é de madeira especial, que não tem sinal de transito, passagem de pedestres, nem buracos e lombadas, nem motoqueiros ou carros; faz com que praticamente seja desnecessário você parar a bike com um SKID, pois isso também marcaria o piso de madeira. Por outro lado, a fixa urbana roda num contexto totalmente oposto ao do velódromo, e que caso você esteja sem freios, vai precisar dar muitos SKIDS para lidar com os mais diversos obstáculos presentes nas ruas de nossas cidades e isso vai forçando as roscas do cubo. É bom não esquecer que as roscas do cubo são de alumínio e o pinhão & lockring são de cromoly ou de aço temperado, fica a pergunta: Quem resiste mais (roscas) às forças do acelera/skids ?.

Um exemplo da retórica dos tradicionalistas apareceu no site www.pedal.com.br , no tópico “Single Speed (filosofia)” em 23 de Março de 2011: http://www.pedal.com.br/forum/single-speed-filosofia_topic1305_page30.html

“Concordo que a discussão cubo parafusado X cubo de pista nem deveria existir. Por que descartar o que o pessoal vem fazendo na rua há ANOS, o sistema mais exaustivamente testado, o mais prático...

É o sistema consagrado, é o clássico, é o que funciona, é o que está no padrão - posso trocar o pinhão com qualquer outro a hora que quiser, ou trocar o cubo e reaproveitar o pinhão, sempre que quiser, sem precisar andar por aí com uma furadeira...

Isso nem devia ser discutido, cubo de pista é o método consagrado e clássico, o resto é gambiarra...”

Nota: O autor do argumento acima é um daqueles fixantas de coritibúúú.

A primeira frase é de uma arrogância impar, vocês ousam questionar uma coisa clássica que vem sendo feito há anos. É obvio que essa discussão sobre Cubo de Pista (Fixa) vs. Cubo Parafusado precisa ocorrer, para que os novos fixeiros não sejam ludibriados por uma argumentação falaciosa e tendenciosa que oculta as deficiências do cubo tradicional de fixa ("pista"). Além do mais, isso induz os novos fixeiros à pensar que a única maneira de montar a roda traseira da fixa é utilizar um cubo tradicional de fixa ("pista"), que é apenas uma das opções e existem muitas dúvidas se é a melhor delas.

A segunda frase falta com os fatos: ninguém está descartando o cubo tradicional (usa quem quiser, mas a alternativa do pinhão parafusado não é gambiarra no sentido "pejorativo" que os puristas usam o termo: algo mal feito, perigoso etc.); não é o mais prático para a troca de pinhões (vide foto com ferramenta para troca de pinhões), não é aprova de problemas (espana a rosca), não dá para ajustar a linha da corrente movimentando o pinhão rosqueado.

No segundo parágrafo acima, ocorre o exagero retórico de que os usuários do pinhão parafusado precisam andar com Furadeiras!!! Conheço alguns hereges que utilizam cubos de disco com pinhão parafusado, mas nunca os vi com uma furadeira, eu também nunca carreguei uma por causa do uso de pinhão parafusado.  Alias basta uma chave Allen de 5 mm para trocar o pinhão parafusado, nunca vi coisa mais prática. Se alguém souber de uma maneira mais prática para trocar o pinhão de uma fixa, por favor, me informe que eu coloco um adendo nesta postagem. A foto abaixo é ilustrativa do quanto é “prático e fácil” trocar o pinhão de um cubo de fixa ("pista") que usa lockring, basta ver o tamanho da ferramenta necessária. Mas não é só isso, já rebentei uma ferramenta Dura Ace (da foto abaixo) tentando trocar um pinhão de rosca.Depois disso criei uma ferramenta para extrair pinhão parafusado que está descrita no post de dicas: Como Fazer Ferramenta para Tirar Pinhão (Dica 3).

Ferramenta p/ Pinhão & Lockring vs. Chave Allen p/ Pinhão Parafusado

Um pinhão parafusado também pode ser utilizado em outro cubo de disco convertido, pois hoje todos os cubos de disco que tem 6 furos, seguem o padrão ISO de furação ( o BCD [Bolt Circle Diameter] é 44mm de distancia de centro a centro entre 2 furos diametralmente opostos, e 22mm de C-a-C de dois furos contiguos ou vizinhos), o que garante a intercambialidade dos pinhões parafusados.

No terceiro parágrafo o defensor do cubo de pista (tradicional que usa lockring) diz que isso é consagrado, será mesmo???

O caso do cubo de pista Campagnolo Sheriff Star é só para lembrar / mostrar aos novos fixeiros que cubos de pista tradicionais não são a oitava maravilha do mundo como alguns querem que os novatos acreditem nessa balela.

Essa história do Sheriff Star está no site do Sheldon Brown, aqui. Abaixo tem a foto do Cubo de Pista Campagnolo Sheriff Star.

Cubo de Pista Campagnolo Sheriff Star - Baleado

É importante mencionar que os cubos de pista para corridas Keirin no Japão são todos tradicionais (tem 2 roscas), assim como os utilizados nas competições da UCI.

Cubos de pista tradicionais (tem 2 roscas), como você coloca na sua postagem não tem problemas. Será mesmo??? Eles não deveriam espanar, mas espanam!!!.


O cubo tradicional de pista com lockring é tão bom e consagrado que uns fabricantes hereges resolveram fazê-lo de maneira diferente para não terem os problemas de roscas espanarem, poderem ajustar a linha da corrente etc. Os pinhões são encaixados no cubo e não mais rosqueados ou são parafusados.

A White Industries fabrica cubos para fixa cujo pinhão vai encaixado no cubo, e a função do lockring é mantê-lo preso no encaixe, quando ocorre um skid, o lockring não sofre nenhuma pressão.

A Level Components (USA) desenvolveu um cubo que não usa lockring, no qual o pinhão é encaixado e mantido no lugar por 3 parafusos. Neste link são mostradas mais informações: (http://www.levelcomponents.com/index.html).

Cubo Level com Pinhão Parafusado

Cubo XT de Disco com Pinhão Parafusado

A Halo (UK) criou um cubo estriado denominado Halo Fix-G no qual é encaixado o pinhão junto com espaçadores, e eles são mantidos no lugar por um lockring que é rosqueado internamente (da mesma maneira que um cubo K-7 Shimano). Neste caso, quando é dado um skid , esse lockring não sofre nenhuma pressão. Esse sistema tem a vantagem de permitir o ajuste da linha da corrente como também utilizar 2 pinhões, ou seja, emular o pinhão Dingle fabricado pela Surly.

O link para a descrição do produto da Halo está aqui.

 As alternativas de cubo para fixa são abordadas com maiores detalhes neste post: "As Diversas Opções de Cubos Traseiros para Montar uma Bike Fixa"


O cubo de disco convertido tem limitações, mas nada que impeça o seu uso ou comprometa a segurança. O menor pinhão furado que pode ser instalado é o de 15 dentes (com parafusos especiais). Requer certo trabalho nessa transformação, tais como: comprar um eixo novo, re-espaçar o cubo, furar o pinhão (mas já existem prontos e com furação perfeita), e ajustar a linha da corrente, mas ele tem flexibilidade nesse ajuste enquanto que no cubo tradicional não é possível – basta acrescentar arruelas/espaçadores entre o cubo e o pinhão.

Ressalte-se que os cubos de disco foram desenvolvidos tendo em vista um ambiente/contexto totalmente diferente do velódromo ou das ruas asfaltadas, para não dizer o oposto do velódromo. Conseqüentemente o cubo de disco tem maiores condições de sobreviverem num ambiente menos inóspito (ruas das cidades) que as trilhas cheias de buracos, obstáculos, terra, poeira, lodaçais etc para os quais foram desenvolvidos.

Atualmente existem cinco fabricantes de pinhões para serem parafusados em cubos de disco, dois nos Estados Unidos: TomiCogs e Phil Wood (Julho/2011), FixKin na Itália; Silas no Brasil e na Inglaterra existe a Velosolo Bikes, está ultima inclusive tem cubos de disco prontos já convertidos para usar com pinhão parafusado. A Velosolo Bikes tem um excelente website onde tem muita informações sobre esse sistema de pinhão parafusado.  

Quatro desses fabricantes vendem os pinhões furados para o mundo inteiro. Esse “gambitech” não foi criado no Brasil, e sim no exterior, a despeito do custo de um cubo tradicional de pista ser muito mais barato no exterior (US$ 20 - 30.00 nas promoções – só traseiro) do que no Brasil (US$ 120.00 – par de Roberto´s).

Abaixo preparamos uma tabela comparativa nos mais diversos aspectos das duas alternativas: Pinhão com Lockring vs. Pinhão Parafusado; assim você leitor pode tirar as suas conclusões e fazer uma escolha consciente baseada nos fatos e não em preconceito ou argumentos sem fundamento.

Tabela Comparativa: Cubo Tradicional vs. Cubo Parafusado
A guisa de comparação, enquanto a Campagnolo não dá garantia caso os cubos de pista tenham sido usados fora do velódromo, a Velosolo Bikes dá garantia vitalícia para os seus pinhões parafusados!!!

Enfatizo um aspecto, que se tivessem ocorrido muitos problemas com esses cubos a disco com pinhões parafusados, a Velosolo Bikes - UK ou a TomiCogs (USA) já teriam fechado as portas por conta das indenizações milionárias que teriam de pagar por falha de produto ou por promover ou induzir o uso de um produto com pouca segurança ou que oferece risco no seu uso. Recentemente um dos mais conceituados fabricantes de cubos do mundo - Phil Wood (USA) - passou a fabricar um cubo especifico para pinhão parafusado assim como os pinhões.

Existem testemunhos bem eloqüentes sobre o uso do cubo de disco, um deles foi traduzido por mim e ele foi publicado originalmente no website: www.63xc.com e está postado aqui (http://www.63xc.com/tomchow/boonecog.htm). Nesse artigo John Chow, o autor, conta como ele usava um pinhão parafusado no cubo de disco para pedalar no rigoroso inverno americano cujo trajeto para o trabalho envolvia trilhas, estradas com areia e sal etc.

Será que um cubo de pista tradicional agüenta o mesmo tratamento que o John Chow submeteu um cubo com pinhão parafusado? Leiam a história aqui, e tirem suas conclusões.

Recentemente, está história sobre cubo espanado apareceu no site www.pedal.com.br, cujo link é: http://www.pedal.com.br/forum/vendo-bike-de-pista-roda-fixa-khs-flite-100_topic23336.html

Estou vendendo minha bicicleta de pista /roda fixa. É uma KHS flite 100, com quadro de cromo, tamanho 53. Esta bike é de roda fixa originalmente de fábrica..... Troquei também o cubo traseiro original por um cubo Fórmula, que é mais resistente. O cubo original espanou com os skid stops, por isso troquei. ....

É, isso pode acontecer da rosca do cubo traseiro espanar, como podem ver na declaração acima. Segundo testemunho de fixeiro no site www.pedal.com.br no tópico Single Speed (filosofia) - um cubo ShunFeng flip/flop aguenta  os SKIDS por uns 6 meses e depois espana.

Um aspecto importante é que o uso de cubos de pista pelos fixeiros urbanos foi decorrente do fato de quando isso começou, a única alternativa era o cubo de pista tradicional. O cubo de disco apareceu no grupo Shimano Deore XT em 2000 (vide este link: http://mombat.org/Shimano.htm#2000), ou seja, tem apenas 11 anos de existência. As demais alternativas (mencionadas acima) de prender o pinhão no cubo e especificamente destinado a fixas urbanas surgiram recentemente durante o boom das fixas.



Os fixeiros urbanos precisam se libertar dessa tirania de que o certo e o consagrado é imitar uma bike de velódromo. As bikes de velódromo estão cercadas de regras estabelecidas pelos órgãos que organizam as competições: UCI, NJS etc. Bike fixa não tem regras, exceto quatro por razões de segurança: corrente esticada e alinhada, firma-pé ou pedal “clipless” e freio dianteiro para emergências, pois rua não é velódromo. E se possível, um movimento central alto e um pedivela curto (165mm). O resto é ao gosto do freguês. Maiores detalhes sobre isso leiam o post “As Sete Regras da Fixa, mas Bike Fixa tem Regras???”.

Agora, se o seu objetivo com sua fixa é emular uma bike de velódromo para andar nas ruas que mais parecem trilhas, não existe nada que impeça, exceto o desconforto da posição, e às vezes trocar o cubo traseiro espanado por causa do excesso de skids etc.

Antes de finalizar, cabem algumas palavras sobre GAMBIARRAS em componentes para bicicletas.

Quando indivíduos desenvolvem algo criativo, que soluciona um problema ou fornece uma outra opção, isso é considerado uma gambiarra, mas quando a mesma coisa é feita por uma empresa, isso não é considerado como tal. Ou seja, temos dois pesos e duas medidas!!!

Os fabricantes de componentes para ciclismo também desenvolvem certos produtos para dar um “jeitinho” criativo em certas situações, o que poderiam ser chamados de soluções “gambiarras”. Como por exemplo, a Campagnolo, a Surly, a Problem Solvers (“compatibility solutions”), Wheels Mfg. (especialistas em “mixing & matching drivetrains”), a J-Tek e algumas outras. A Campagnolo fornece espaçadores que permitem transformar um k-7 de 9 velocidades em 8 velocidades, assim o ciclista consegue utilizar o cambio traseiro e o Ergopower de 8 velocidades com cubo de 9 velocidades.  A Surly desenvolveu um adaptador (Fixxer) que transforma os cubos para k-7 da Shimano em cubo fixo!!!  A J-Tek produz um aparato (ShifMate) que permite o pessoal de cyclocross usar os manetes Ergopower da Campagnolo com o cubo, o k-7 e o cambio traseiro da Shimano com uma indexação perfeita!!!. Além disso, a J-Tek desenvolveu outra “gambiarra” que permite usar dois manetes de freios com uma única pinça de freio – o dianteiro !!!

Por outro lado, às vezes, empresas fazem produtos que deveriam ser considerados como “gambiarras”, devido a sua baixa durabilidade, risco de quebra sem aviso e na maioria das vezes ninguém fala que é uma grandíssima gambiarra. Vejamos dois exemplos, um mais antigo e outro recente, atual.

Nos anos noventa, a Campagnolo lançou um movimento central para os grupos de estrada mais básicos, cujos dois copos eram de plástico!!! Eu fui uma das vitimas desse malfadado produto. Esses copos não agüentavam o torque da pedalada e logo estavam com muita folga.

Atualmente, a Shimano também adotou esquema similar, pois o copo esquerdo do movimento central com ponta quadrada modelo UN-54 e outros são feitos de resina plástica!!! A experiência da Campagnolo com plásticos parece que não foi educativa o suficiente!!!  A Problem Solvers desenvolveu um copo de alumínio para substituir o de plástico fabricado pela Shimano. Eu me recuso a colocar nas minhas bikes esse movimento central da Shimano com copo de plástico, prefiro colocar um Chin Haur (chinês) ou de outra marca: Miche, Token, Stronglight, Sugino, IRD ou Tange, mas Shimano com plástico nunca!!! É gambiarra, e das mal feitas!!!. O link para o produto da Problem Solvers  está aqui, e ele custa a bagatela de US$ 25.00.

Copo de Aluminio para Substituir o de Plástico da Shimano

Lendo esta postagem muitos vão pensar que sou um defensor ardoroso de usar unicamente o cubo com pinhão parafusado e que descarto as demais alternativas. Nada mais longe da verdade. O ponto é que não existe nenhuma razão bem fundamentada para descartar o uso do pinhão parafusado, que é uma boa opção em termos de custo/beneficio para montar uma fixa apropriada para os mais diversos contextos (exceto velódromo), e preconceito infundado não é uma boa razão para o descarte da alternativa

Já rodei com cubo de fixa tradicional da Fórmula, IRO, e não tem diferença de um cubo de disco com pinhão parafusado - seja um Deore modelo HB-M525 ou um Campagnolo C-Record conforme foi descrito no post "Cubo Campagnolo C-Record com Pinhão Parafusado", num teste cego é imperceptível a diferença. A escolha agora é com vocês leitores.

Boas Pedaladas com Cubos com Pinhão Parafusado

By MarchaFixa

P.S.: Eu uso nas minhas bikes tanto componentes da Campagnolo como da Shimano, e ambos são muitos bons para aquilo que se destinam e não tem me trazido nenhum problema. Porém, de vez em quando, eles enfiam o pé na jaca com algum produto, como esses movimentos centrais.

22 comentários:

  1. Qualquer dia será criada a Federação das Bicicletas de Roda Fixa do Brasil. E para você poder rodar com sua fixa, será necessário fazer uma vistoria...

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  2. Hehe, 400 linhas tentando justificar a gambiarra.

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  3. Hehe, gambiarra é usar cubo de pista nas trilhas que a prefeitura chama de rua.

    As 400 linhas são para implodir o mito do cubo de pista em fixa urbana ou em MTB !!!

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  4. Finalmente... alguem que pensa como eu nesse brasilzão... parabéns pelo post, já espanei dois cubos com lockring, ok um era a tradicional gambiarra antiga que faziamos e o outro era de aço e não aguentou as subidas radicais que eu fazia... atualmente todas minhas fixas possuem pinha parafusada e não tive o menor problema!

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  5. PinhaFixa,

    Muito Obrigado pelo comentário. Faz um artigo contando as tuas desventuras com pinhao de pista com lockring que publico aqui no blog. Ou escreve no teu, que coloco um link aqui.

    Acho fundamental fazer/postar relatos de experiências bem sucedidas (pinhao Parafusado) como também as mal-sucedidas (pinhao com lockring). Assim os futuros fixeiros podem tomar decisoes bem fundamentadas sobre que componentes usar na sua fixa.

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  6. Cara, estou começando a me contaminar com a idéia da fixa, mas toda minha criação foi no MTB, no tempo que Cantilever era novidade...

    Não precisa nem de 400 linhas: Olha o que é uma freada, ainda mais se for em terreno irregular! Não tem acelerada ou skid que faça mais força num cubo do que vir a milhão numa trilha, com um pneu garrudo, e travar a roda num disco hidráulico de 200mm...

    E o cubo a disco foi PROJETADO para isso! Ou seja, não há na Terra cubo mais adequado para transmitir torque entre um disco de metal, seja freio ou pinhão, e a roda, do que um cubo pra disco.

    Agora o próximo passo é fazer pinhões estriados ao invés de seis furos. Isso sim é ser purista (parafuso pesa muito e pode amassar a corrente caso escape, além de ficar "feio").

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  7. Tenho a opinião parecida com a do Helton, cubos para freio a disco tem que suportar fortes freadas (tanto na terra como na cidade).

    Outra coisa interessante é o cubo fixo que funciona semelhante ao sistema de cassetes, o pinhão vai nas estrias e o anel de fixação apenas mantém ele no lugar.

    Pretendo em breve montar uma fixa, já comecei a procurar um bom quadro para tal.

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  8. olá amigo, eu gostaria de saber onde eu posso comprar um pinhao ja furado para parafusar no meu cubo dianteiro de disco, aqui na minha cidade estou com dificuldade de furar o pinhao! muito obrigado.

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    1. Oi Leonardo,

      Esses pinhões existem na Vegan Pride (Christopher), CicloUrbano (Mario Canna). Dá um Google que voce encontra. Abs, MarchaFixa

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  9. Cara, tou começando a montar a minha primeira bike fixa e tou tendo alguns problemas e dúvidas. Leio teu blog direto e desde já deixo meu parabéns por disponibilizar tanta informação importante.

    Vou colocar sim um pinhão parafusado, mas não encontro o pinhão furado. Eu poderia comprar um normal e mandar um torneiro mecânico furá-lo e depois fixá-lo em um cubo de disco? Pelo o que eu entendi, isso pode, mas eu vou ter problema como ele ficar empenado ou torto, ou algo do tipo? Ou é de boa, dá certo mesmo e tal?

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    1. Olá,

      Existem pinhões furados já prontos feitos em INOX. Eles sãofabricados pelo Silas e voce encontra na CicloUrbano, entre em contato com eles. Um torneiro pode fazer a furação, basta ter um gabarito - disco de freio descartado e fura bem centralizado. Veja a informação sobre a furação nos posts do blog. Ats, MF

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  10. Como eu sei se o copo de plástico do movimento central Shimano é o maior responsável por uma folga na pedivela e não o rolamento?

    Observo que sem a pedivela quase não notamos que há uma folga no rolamento. Os braço da pedivela (conjunto montado na bicicleta) fazem a folga aparecer mais.

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    1. Alexandre,

      É dificil dizer por e-mail. É melhor levar em um mecãnico de confiança que ele vendo ao vivo e a cores poderá dizer melhor o que fazer e qual é a causa. Ats, MF

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    2. Quero aprender. Você quis dizer que é necessário desmontar?

      Tenho um movimento central folgado fora da bicicleta e tenho um movimento central folgado na bicicleta.

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    3. Alexandre,

      O s movimentos centrais que possibilitam a troca de rolamentos são aqueles feitos nos anos 90 de titanio e alguns feitos ataualmente pela Phil Wood e Royce - e esses são movimentos centrais "top" de linha e custam entre US$ 100 a US$ 200. Os demais são trocados assim que aparecem folgas. Ats, MF

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  11. Olá! Ótimo blog!
    Onde consigo pinhão com os furos para parafusar no cubo? Pesquisei no mercado livre e só vendem junto com o cubo e o preço fica lá em cima. Tenho receio de comprar o pinhão e furarem errado. Por isso preferia comprar algo pronto.

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  12. Oi Candido,

    Obrigado pelas palavras. Tem um vendedor de pinhões parafusados na OLX de São Paulo - capital (bairro Consolação). Ats, MF

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  13. Olá, amigo! Seu blog é espetacular, tenho aprendido muito lendo suas matérias. Mas uma coisa me causou dúvida. Eu estou começando a pensar em montar uma bike fixa, já tenho um quadro Caloi 10 que está em ótimo estado, mas eu gostaria de ter a possibilidade de utilizar o flip flop, por ter a versatilidade de ser fixa e roda livre, apenas mudando a posição da roda (ainda mais que não estou completamente acostumado com o pinhão fixo). Mas a dúvida é: Todo cubo flip flop é de locking ring? Não há nenhum que tenha o pinhão fixo sendo parafusado? Valeu, parabéns novamente e abraços!

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    1. David,

      Obrigado pela audiência. A única maneira de montar um flip/flop com pinhao parafusado e' usar um cubo traseiro para disco que use roda-livre de rosca, salvo engano as marcas que fabricam eles sao chinesas: ShunFeng e Quando. Parece que nesse caso um dos lados fica com a linha da corrente menos que o ideal. Ats, MF

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    2. Entendi, MF! Obrigado, cara! E valeu pela resposta rápida e bem clara!

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    3. Grande MF! Eu continuei pesquisando (e atualmente estou agarrado apenas na fase das rodas - do cubo -, os demais itens para a Bike Fixa estão comprados, felizmente). Então lá vai minha dúvida: Eu não poderia utilizar um cubo de uma qualidade um pouco melhor (ao invés dos que citou) que ao invés de ter o lado da roda livre de rosca, utilizar um pinhão de cassete no freehub e como eu iria alinhar a roda em função do pinhão fixo e o lado da roda livre ficaria sem o chainline correto (como já havia citado), eu não poderia utilizar os espaçadores no freehub e amenizar isso? APARENTEMENTE, segundo minha ignorância ainda no mundo da bike, isso poderia ser feito e eu teria uma qualidade um pouco superior no cubo. Pode averiguar esta dúvida e dizer se tem algum sentido ou é um absurdo? Agradeço novamente e parabenizo-o mais uma vez, continuo buscando suas matérias pra aumentar o conhecimento!

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