A fixa urbana não tem regras como as primas – bikes de pista – as quais nas competições estão submetidas às regras da UCI ou da NJS (corridas keirin no Japão).
As ditas “regras” para as fixas são mais de natureza preventiva, para evitar acidentes, ou seja, decorrentes do bom senso, e não estipuladas pelo Comitê Central de Supervisão das Bikes Fixas (que não existe).
As "regras" também são necessárias porque a maioria das bikes fixas são conversões de bike de speedy e elas são montadas com uma miscelânea de peças. Caso a fixa fosse montada utilizando-se um quadro de pista ou quadro com movimento central alto (por exemplo: MTB convertida com rodas 700c) e componentes especificos para fixa (pedivela+movimento central), muitas dessas recomendações seriam desnecessárias.
As "regras" também são necessárias porque a maioria das bikes fixas são conversões de bike de speedy e elas são montadas com uma miscelânea de peças. Caso a fixa fosse montada utilizando-se um quadro de pista ou quadro com movimento central alto (por exemplo: MTB convertida com rodas 700c) e componentes especificos para fixa (pedivela+movimento central), muitas dessas recomendações seriam desnecessárias.
Bike de Speed Convertida em Fixa |
Vejamos às pretensas “regras” que se recomenda que sejam observadas para não estragar o prazer de pedalar em uma fixa.
3) Usar Firma-Pé ou Pedal Clipless. É importante usá-los para não correr o risco de perder o controle do pedivela/pedais, pois se você anda sem freios, você não tem como brecar a bike na descida. Além da possibilidade dos pedais sem controle provocarem uma serie de hematomas nas canelas ou ocorrer um acidente. Lembre-se que na fixa, se a roda traseira está girando, o mesmo ocorre com o pedivela.
1) Manter a Corrente Esticada. Caso a corrente não estiver bem esticada ela pode cair /desengrenar e se você estiver sem freios, e em velocidade, é quase que garantido um bom capote ou uma colisão.
2) Ter a Corrente Alinhada. A linha da corrente, entre o pinhão e a coroa, deve estar a mais reta possível, caso contrario, a corrente pode cair/desengrenar, com as mesmas conseqüências apontadas na “regra” anterior. Além disso, a falta de alinhamento gera mais fricção na pedalada e isso causa o desgaste prematuro da transmissão (corrente, coroa e pinhão) e a pedalada será mais barulhenta pelo maior atrito da corrente com a coroa e o pinhão. Leia o post especifico sobre isso: "Como Medir a Linha da Corrente da sua Bike Fixa".
3) Usar Firma-Pé ou Pedal Clipless. É importante usá-los para não correr o risco de perder o controle do pedivela/pedais, pois se você anda sem freios, você não tem como brecar a bike na descida. Além da possibilidade dos pedais sem controle provocarem uma serie de hematomas nas canelas ou ocorrer um acidente. Lembre-se que na fixa, se a roda traseira está girando, o mesmo ocorre com o pedivela.
4) Instalar pelo Menos o Freio Dianteiro. Lembre-se que você está pedalando nas ruas e não no velódromo. No velódromo não tem motoqueiro andando na pista, carro, velhinhas atravessando a pista, buracos, sinais etc. Você, o fixeiro purista, que está lendo este post vai pensar: freio, isso estraga o visual “clean e zen” da minha bike de pista NJS (bike keirin japonesa). É verdade, freio estraga o visual imaculadamente “clean” de uma bike NJS. É bom lembrar que inexiste colisão / acidente “clean” ou “zen” com bike fixa sem freios, na melhor das hipóteses você vai sair com uns hematomas ou escoriações e na pior você vai encontrar o criador do “zen-budismo”. Além dos riscos que a falta de freio ocasiona, você vai gastar mais pneu com os skids. Caso você, apesar das recomendações em contrario, tenha decidido dispensar o freio, então assegure-se que os componentes da transmissão tenham uma qualidade acima da média e que estejam bem instalados, pois uma eventual quebra ou falha pode ter conseqüências imprevisíveis. Vejam o relato abaixo:
"Luis Porto Eu acho que quando a perna /você pedala mais do que seu equipamento aguenta é melhor fazer um upgrade... já tive que operar o dedo por uma queda de corrente no meio de um sprint quando usava Shimano Sora na minha speed. Gastei R$ 3.500,00 na cirurgia e dava pra ter comprado um SRAM RED com o valor!!! uahuahuaha
Nunca mais deixei de perceber quando a bike ou equipamentos não aguentam o seu nível de pedal, pra alguém que anda pouco ou iniciante o barato pode valer a pena, mas se você está andando sempre e um pouco mais forte vai precisar colocar a mão no bolso ou gastar pra arrumar o estrago - como aconteceu comigo - pino no dedo, cirurgia, braço quebrado, fisioterapia e dois meses sem pedalar."
Os puristas, no seu afã de ter uma bike esteticamente impecável, esquecem que não estamos sozinhos no mundo, e compartilhamos o espaço publico (ruas) com pedestres e veículos automotores. Os outros não têm porque sofrer as conseqüências de nossas escolhas / valores questionáveis.
"Luis Porto Eu acho que quando a perna /você pedala mais do que seu equipamento aguenta é melhor fazer um upgrade... já tive que operar o dedo por uma queda de corrente no meio de um sprint quando usava Shimano Sora na minha speed. Gastei R$ 3.500,00 na cirurgia e dava pra ter comprado um SRAM RED com o valor!!! uahuahuaha
Nunca mais deixei de perceber quando a bike ou equipamentos não aguentam o seu nível de pedal, pra alguém que anda pouco ou iniciante o barato pode valer a pena, mas se você está andando sempre e um pouco mais forte vai precisar colocar a mão no bolso ou gastar pra arrumar o estrago - como aconteceu comigo - pino no dedo, cirurgia, braço quebrado, fisioterapia e dois meses sem pedalar."
Os puristas, no seu afã de ter uma bike esteticamente impecável, esquecem que não estamos sozinhos no mundo, e compartilhamos o espaço publico (ruas) com pedestres e veículos automotores. Os outros não têm porque sofrer as conseqüências de nossas escolhas / valores questionáveis.
5) Movimento Central (MC) Alto. Isso é desejável, caso seja possível. A maioria das conversões é feita a partir de um quadro de bike de estrada/speed, então o movimento central não é tão alto quanto o MC de um quadro de pista. A exceção são as MTBs convertidas e que usam roda 700c, que tem um movimento central mais alto que um quadro de pista. Um MC mais alto diminui a possibilidade dos pedais baterem no solo quando se faz uma curva (na qual você entra e sai pedalando) ou passa sobre um obstáculo. Publiquei um post no blog que aborda esse aspecto com maiores detalhes: "A Escolha do Quadro de Fixa: Geometria de Fixa vs. Pista vs. Estrada".
6) Pedivela Curto (165 mm). Isso é desejável também, como comentamos no item anterior. Nas fixas urbanas um pedivela curto é mais necessário que na bike de pista. Isso se deve ao fato da existência de inúmeros obstáculos nas nossas ruas (lombadas, guias, desníveis etc.). O motivo é o mesmo explanado na “regra” anterior, ou seja, diminuir as chances do pedal bater no solo e o fixeiro tomar um capote. Além disso, o pedivela curto minimiza o “overlap” do pedal/sapatilha com a roda dianteira. A grande maioria das conversões no Brasil utiliza o pedivela da Sugino para BMX que tem 170 mm, dado o seu baixo custo. Ressalte-se que não tenho ouvido falar que isso tenha causado problemas. Sheldon Brown, o grande guru das fixas, utilizava nas suas fixas convertidas pedivelas com 165mm de comprimento.
7) A Bike Fixa É uma Escolha Pessoal. Seja independente, pense por si mesmo, não se deixe influenciar por modismos ou pretensos “gurus” que adoram pontificar que uma fixa deve ser “assim” ou “assado”. Ou que a fixa deve ter tais e tais componentes, se não é um lixo. Tirando as “regras” anteriores cujo objetivo é evitar acidentes dentro do possível, o resto é escolha pessoal. O mais importante é que você curta pedalar a sua fixa. A opinião dos outros é irrelevante, desde que você não desconsidere os aspectos que possam por em risco a sua integridade física ou a dos outros quando você pedala na sua fixa.
Boas Pedaladas a todos.
By MarchaFixa
P.S.: Escrevemos essa última regra para combater a prática deplorável do blog dos "intendidus de coritibúúú" ou melhor dito - ESTAILANTAS DE CORITIBÚÚÚ de fazerem troça das fixas dos outros. Como se as fixas (Ops! pisteiras fajutas) de “coritibúúú” fossem o padrão "correto" de estética, o supra sumo das fixas brasileiras, só se forem do modelito “XING LING PISTÊS”, como esse exemplo aqui.
Todos nós temos alguma percepção ou opinião pessoal, peculiar quanto a este ou aquele componente ou quadro de bike, seja fixa , MTB, hibrida etc. Entretanto alguns (como os "intendidus de pisteiras fajutas de coritibúúú") querem transformar isso em padrão estético, e impor isso aos demais (através do pixamento / critica das fixas que estão "desenquadradas" na opinião deles), o que discordo veementemente, pois gosto é algo pessoal, subjetivo, como bem diz o ditado: Opinião (e gosto pessoal) é igual a futebol e religião cada um tem a sua e não se discute.
Vejamos o que diz uma estilista brasileira a respeito de pontificar sobre estética e estilo, a qual vende suas criações para 49 países e suas roupas podem ser compradas nas lojas top: Barneys (New York); Browns (Londres); Colette (Paris) etc.
“Isabela Capeto não é, no entanto, o tipo de estilista que dita regras. Ao contrário, ela contesta qualquer atitude do gênero: “Quem somos nós para dizer isso está fora de moda, é feio ou bonito?” Por isso ela não ousa interferir no gosto de ninguém.” Fonte: “Alfinetadas com Estilo”, Caderno Eu & Fim de Semana, página 13 – Jornal Valor Econômico, 4 de Julho de 2010.
A publicitária, blogueira e apresentadora do programa Base Aliada no Canal GNT - Julia Petit diz que: "Nada na moda é verdade, cada um tem seu jeito". Fonte: Revista Superguia NET (No. 109); página 8 - Março de 2012.
P.S.: Escrevemos essa última regra para combater a prática deplorável do blog dos "intendidus de coritibúúú" ou melhor dito - ESTAILANTAS DE CORITIBÚÚÚ de fazerem troça das fixas dos outros. Como se as fixas (Ops! pisteiras fajutas) de “coritibúúú” fossem o padrão "correto" de estética, o supra sumo das fixas brasileiras, só se forem do modelito “XING LING PISTÊS”, como esse exemplo aqui.
Todos nós temos alguma percepção ou opinião pessoal, peculiar quanto a este ou aquele componente ou quadro de bike, seja fixa , MTB, hibrida etc. Entretanto alguns (como os "intendidus de pisteiras fajutas de coritibúúú") querem transformar isso em padrão estético, e impor isso aos demais (através do pixamento / critica das fixas que estão "desenquadradas" na opinião deles), o que discordo veementemente, pois gosto é algo pessoal, subjetivo, como bem diz o ditado: Opinião (e gosto pessoal) é igual a futebol e religião cada um tem a sua e não se discute.
Vejamos o que diz uma estilista brasileira a respeito de pontificar sobre estética e estilo, a qual vende suas criações para 49 países e suas roupas podem ser compradas nas lojas top: Barneys (New York); Browns (Londres); Colette (Paris) etc.
A publicitária, blogueira e apresentadora do programa Base Aliada no Canal GNT - Julia Petit diz que: "Nada na moda é verdade, cada um tem seu jeito". Fonte: Revista Superguia NET (No. 109); página 8 - Março de 2012.
Entendi o recado sobre a corrente, Luiz... já tô providenciando a troca das gancheiras... ;-)
ResponderExcluirValeu,
Carlão/SP
Emanuel,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras. As únicas regras (de segurança para evitar acidentes)que não podem ser ignoradas são aquelas que podemm afetar a sua integridade física e a das outras pessoas. Abs, MF.
queria só saber como a bike da foto faz curva com um MC tão baixo...
ResponderExcluirKenji,
ExcluirEla tem MC alto por força do cubo excentrico que levanta ele devido ao posicionamento. O MC tem 28cm de altura - padrão Olímpico (Manchester). Ats, MF