Sugiro que os que
não puderem ou não desejam participar a pé dessa manifestação, circulem nos dias 14 e 15 de Março, em sinal de protesto, com uma TIRA PRETA , que pode ser cortada de
um saco de lixo, na antena de seus
carros, na sua bicicleta como
foi feito no “Fora Collor”. VAMOS DIVULGAR.
Aqui você encontra as informações necessárias para a montagem de uma bike urbana com pinhão fixo. Citação do Sheldon Brown: "When fashion conflicts with function, I vote for function". O credo de Lee Kuan Yew: “Somos livres de ideologia. A coisa funciona? Se funciona, vamos tentá-la. Se for bem, vamos continuá-la. E se não funcionar, jogamos fora e tentamos outra coisa.”
sábado, 7 de março de 2015
quarta-feira, 4 de março de 2015
Caloi 10 Convertida VS. Bike de Pista: UM TESTEMUNHO
Introdução
Em primeiro lugar os meus agradecimentos ao Rafael Barbosa por ter
permitido a publicação desse texto que ele postou no Facebook - grupo Fixed
Gear SP.
A razão para publicá-lo é que esse texto apresenta uma avaliação
equilibrada de bikes de speed convertida em fixa em relação a uma bike de pista
para uso urbano. A Caloi 10 convertida em fixa tem uma excelente relação custo
x diversão, que é a sua maior qualidade, mas tem outras como você poderá ler no
texto do Rafael.
Nas redes sociais tem havido posicionamentos bem radicais, contrario ao
uso de bikes fixas convertidas. Discordamos disso, pois desconsidera o contexto
individualizado de cada ciclista, assim como os valores pessoais de cada um.
Nem todos possuem recursos financeiros para bancar um quadro de pista top de
cromoly, e mais, muitos que dispõe dos recursos podem julgar que é um exagero
gastar uma nota preta em um quadro de pista para ser usado em momentos de lazer nas
trilhas que a prefeitura chama de ruas. Outros gostam da ideia de reciclar, e
nada mais natural que fazer isso com uma Caloi 10 encostada há anos na garagem.
E por aí vai. A única vantagem do quadro de pista sobre o quadro de speed usado como fixa urbana é a altura do movimento central, o resto é questionável. Abaixo trazemos o comentário pertinente do Sheldon Brown sobre bike de pista e fixa convertida.
Lembre-se que a melhor fixa do mundo é aquela que você pedala com prazer e que te faz feliz!!!
Sheldon
Brown sobre Track Bikes vs.
Fixa Convertida
“Bicicletas de pista são projetadas para uso em velódromos. Alguns ciclistas
rodam com elas nas ruas, mas elas são menos do que o ideal para utilização nas
ruas.
A geometria do quadro de uma bicicleta de pista também é diferente da de
uma bike speed. Desde que velódromos não têm lombadas ou buracos, eles são construídos
mais rígidos, com os ângulos do quadro mais-verticais. Isso é bom para a
capacidade de manobrar, mas faz com que eles sejam muito duros (desconfortáveis)
para rodar nas ruas do mundo real.
Apesar do fator moda (coolness) de uma verdadeira bike de pista, uma bike
de estrada convertida em fixa é o que eu recomendaria para o ciclista em busca
dos benefícios de pedalar uma bike com pinhão fixo.
Isso normalmente seria uma bike de estrada/speed mais velha, modificada
para virar uma bike com pinhão fixo. A maioria das bikes antigas com "dez
velocidades" são boas candidatas para este tipo de modificação / conversão.
Estas bikes têm a geometria apropriada para pedalar confortavelmente na
rua, vêm com freios, rodas com blocagem, espaço para para-lamas, e, às vezes
até suportes (braze-ons) para garrafa de água.
Você poderia comprar uma bike fixa pronta, mas eu tenho um artigo detalhado
sobre Conversões de
Bike de Speed em Fixas que ajudarão você a montar a sua própria fixa”.
Nota: O
blog tem vários posts sobre conversões aonde isso é detalhado em português.
Lembre-se que a melhor fixa do mundo é aquela que você pedala com prazer e que te faz feliz!!!
O texto do Rafael complementa muito bem o post: Manifesto
Caloi 10 Convertida em Fixa.
Boa Leitura.
by MarchaFixa
BENOTTO PISTA /
REVIEW
por Rafael Barbosa
Fonte:
Bom, primeiramente queria agradecer
todos que de certa forma ajudaram no processo com informações, dicas técnicas,
etc. Ou seja, Paulo Filho,Luiz Sobrinho , Isaac Loureiro, etc. O intuito deste relato é apenas dar o
feedback aqui no grupo sobre a montagem e o “rodar” de uma bike de pista. Principalmente
pra quem pretende comprar um quadro destes.
Benotto Pista |
Para os que sabem e acompanharam, há
certo tempo atrás tive a oportunidade de comprar (na Europa) um Frame Set em
cromoly (não é Columbus, não tem nenhum adesivo e me foi dito que possui um
diâmetro menor que o normal deles, vide o “seatpost” (canote) que tem 26.2 –
enquanto que os Columbus de cromoly usam 27.2) de uma Benotto Pista Tamanho 51
(na trena de centro a centro tem 49x51 e no quadro na parte abaixo do MC - é
Italiano - está grafado 51), possivelmente seja de 88/89 dado o grafismo. Tenho
cavalo 78cm e 1,67m de altura, logo meu tamanho ideal pelas contas é 51 mesmo.
Antes dela tinha uma C10 Tamanho 52
(na régua tinha 51,5x54) e literalmente não tenho nada do que reclamar. Montei
com boas peças na medida do possível, trabalhei quatro meses como Messenger com
ela e só tenho boas lembranças. Gostava mesmo da bike e me sentia muito
confortável nela (nada de dores). Só tive manutenção periódica normal (nada de
furos e nem alinhamento precisei fazer – usava rodas com aros Velocity Deep-V).
Ainda está rodando por ai com as mesmas peças (vendi pra um amigo antes de ir
pra Europa, o qual acabou vendendo ela também, pois teve a oportunidade de ir
pro exterior e assim comprar outra, tal como eu fiz).
Bom, primeiramente posso dizer que
pra rodar na cidade de São Paulo e no dia-dia, a C10 era muito mais
confortável. Possivelmente pela sua geometria (traseira longa, grande rake do
garfo, angulo do seat tube, etc). E para o dia-dia paulistano pra mim não devia
em nada, ágil, rápida. Mas obviamente sabia que a bike tinha certos limites
(alguns apenas por peças que não eram de boa qualidade, MC e Caixa de Direção
que usava, por exemplo), vide o quadro que torcia um bom tanto e perdia
desempenho na transmissão de energia, afinal não foi feita pra ser fixa, mas
segurava bem o tranco (até hoje não quebrou pelo que saiba). Ou seja, com boas
peças seu limite é o quadro, que pra quem busca algo barato, acho uma ÓTIMA
relação custo-benefício (meu caso na época) se for um usuário normal.
Mas e a bike de pista? Ao rodar com a Benotto
me sinto muito confortável e encaixado na bike (talvez mais que em relação a
C10), mas em uma posição bastante distinta, mais agressiva (às vezes tenho um
pouco de dor na lombar, mas acho que um Bike Fit bem feito resolveria). Aqui
fica claro a diferença que faz a geometria de pista. A traseira é muito curta e
causa um belo de um estranhamento a principio. O “top tube” (tubo superior) é bem
curto, e mesmo com uma mesa 105mm sinto ela bem curtinha (possivelmente pelo
angulo do “seat tube” (tubo do selim), que me joga mais pra frente). Já o rake
do garfo, bom, este sim causa as maiores mudanças! Bike ágil demais, tanto que
já me ejetou por este motivo (estava simplesmente testando a agilidade da bike
ao ser ejetado). Acho difícil de certa forma “mante-la firme”, pois a direção é
muito rápida. O quadro é rígido, ao pedalar sinto na hora isso na rodagem, o
que acho ótimo, porém, é dura demais ao rodar em asfalto ruim, ou seja, em São
Paulo estou sentido um pouco de insegurança ao rodar com ela, quica, etc. Em
Sevilha não tinha problema algum, transito mais tranquilo, asfalto bom e andava
sem freio inclusive (aqui fica um adendo interessante, andar sem freio – o garfo
não tem furação – me ensinou MUITO, aprendi afetivamente uma serie de técnicas
pra rodar em fixa e me sentia super seguro, aprendi a ser mais cauteloso e
atencioso ainda, mesmo andando rápido e por incrível que pareça, andar sem
freio me ensinou a andar melhor. PORÉM não teria coragem de fazer isso em
Sampa).
Benotto Pista no Velodromo |
Enfim, não troco minha bike por nada,
mas definitivamente estou por hora restringindo seu uso aos treinos (USP,
Estrada, Ciclovia do Rio Pinheiros e Velodromo de Caierias). E quando comprei o
intuito era sim utilizar em São Paulo também, mas confesso que acho complicado,
ao menos por enquanto, não sei amanhã. Isso dado os asfaltos que pego (acho que São
Paulo em geral tem asfalto bem ruim).
Hoje tenho até ideia de comprar outro
bom frame de fixa, porém com uma geometria voltada pra uso urbano, pois
particularmente, a geometria pista da Benotto que tenho não considero
interessante pra uso urbano.
Alguém roda com um frame pista na
rua? Quais as impressões? Essas marcas novas de frames mais “modernosos” são
mais confortáveis, previsíveis - entre outras vantagens de se ter no dia-dia -
vide Cinelli Mash, Vigorelli, Dolan, Colossi (Ring 53), Treze, Leader, etc.
Enfim, a ideia era compartilhar minha experiência e ajudar... Além de debater
um pouco sobre estas geometrias, pois realmente estou cogitando pegar outra
bike para o dia-dia, pois andar na Benotto apesar desses pesares é um “tesão” e
pretendo manter ela pra estes usos que mencionei. Hehe! Hehe! Hehe!
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